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Interior

Ribas do Rio Pardo estima obras de R$ 150 milhões para acompanhar crescimento

Prefeitura vai selecionar os projetos e buscar financiamento e parcerias com governos

Maristela Brunetto | 22/02/2023 13:37
Prefeitura quer construir vias marginais à BR-262 para locais transitarem com mais segurança. (Foto: Marcos Maluf)
Prefeitura quer construir vias marginais à BR-262 para locais transitarem com mais segurança. (Foto: Marcos Maluf)

Sede da maior obra privada em curso no Brasil, a construção de uma unidade da fábrica de celulose da Suzano, com investimento estimado em R$ 19 bilhões, a cidade de Ribas do Rio Pardo precisa de cerca de R$ 150 milhões para as obras urbanas necessárias para acompanhar o crescimento populacional e a movimentação que o empreendimento está gerando. A estimativa é informada pelo prefeito do Município, João Alfredo Danieze (PSOL).

O Município lançou edital e recebe em 20 de março propostas para a contratação de empresa que vai realizar estudos para uma série de obras de infraestrutura. Os interessados terão também que incluir nos projetos elaborados os custos de execução.

Com esses materiais, o prefeito disse que seguirá em busca dos recursos para a materialização das obras. No edital, a prefeitura elenca uma série de ações que devem ser projetadas, incluindo: planejamento de 54 quilômetros de pavimentação e drenagem; recuperação de uma área erodida com 1.200 hectares; projetos executivos geométrico, terraplenagem, pavimentação, drenagem superficial, galeria de água pluvial, sinalização viária e acessibilidade par uma área de 318,7 mil m²; galerias de drenagem para um trecho de 1,5 mil metros; muros de arrimo ou gabião; bacia para amortecer água de drenagem no volume de 18 mil m³; projeto de implantação de um parque público de 30 hectares; projetos de interseção e adequação viária em até 3.000m² de área de intervenção e ainda 27 quilômetros da calçadas.

Os custos para a elaboração dos projetos estão estimados em R$ 2,7 milhões.

Prefeitura quer ampliar o asfaltamento em 54 quilômetros. (Foto: Assessoria Prefeitura)
Prefeitura quer ampliar o asfaltamento em 54 quilômetros. (Foto: Assessoria Prefeitura)

O prefeito explicou que o Município nos últimos anos diminuiu o endividamento, com o pagamento e repactuação de contratos. Diante disso, ele considera que haverá mais facilidade para acesso a créditos, seja por financiamento ou mesmo buscar convênios com os governos Federal e Estadual. Ele menciona programas de habitação e infraestrutura urbana.

São muitas prioridades e urgências, comenta Danieze, dizendo encontrar muita receptividade para lidar com os desafios. Recentemente, ele recebeu na cidade o governador Eduardo Riedel, em sua primeira viagem ao interior, ocasião em que levou o secretariado para ajudar a identificar as demandas. “O Município precisa dos braços do Estado”, mencionou.

Uma das obras destacadas por ele é a pavimentação de vias marginais à BR-262 para atender os moradores, para que não precisem trafegar pela rodovia federal, já que o fluxo é intenso.

O fato de ser filiado ao PSOL, partido da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a dimensão dos recursos privados sendo investidos na cidade fazem o prefeito acreditar que terá receptividade aos pedidos por recursos.

Cidade mudou - A cidade já sente os impactos faz tempo com o início da obra da fábrica de celulose, que começou em 2021 e deve ser concluída no segundo semestre de 2024, quando deve iniciar a operação e manter 3 mil empregos .

Houve estimativa de aumento de 8 mil pessoas na população. Prévia do IBGE apontou que Ribas teria 23 mil moradores no ano passado. Como a conta inclui só residentes, o prefeito defende que o número é bem maior, chega a 29 mil pessoas.

Ele menciona que já estão em construção 12 salas de aula, sendo necessárias 54; também são urgentes vagas em creche; ampliação dos serviços de saúde. O Município tinha 14 médicos atuando, hoje são 48. Muitos saem de Campo Grande, fazem plantão na cidade, que fica a 98 km da Capital, e retornam. Foi criado um centro de especialidades médicas.

Por enquanto, o Município está suportando o aumento de despesas com pessoal, explica. A movimentação na economia provocada pela fábrica gerou aumento estimado de 25% na arrecadação de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza).

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