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Interior

Rio Paraguai passa dos 3 metros e atinge nível recorde para fevereiro

Liana Feitosa | 23/02/2016 11:26
Segundo previsão da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, no dia 18 de março o nível poderá estar em 3,94 metros, quase 1 metro a mais que os 3,04 metros registrados no 18 de março do ano passado. (Foto: Divulgação)
Segundo previsão da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, no dia 18 de março o nível poderá estar em 3,94 metros, quase 1 metro a mais que os 3,04 metros registrados no 18 de março do ano passado. (Foto: Divulgação)

Há 5 anos o nível do Rio Paraguai não atingia volume tão alto em um mês de fevereiro como o que foi registrado ontem (22), pela régua de medição que existe em Ladário, a 419 quilômetros de Campo Grande. Ontem, o índice chegou a 3,12 metros, hoje, a 3,19 metros.

A última vez que um volume recorde havia sido registrado em um mês de fevereiro foi no ano de 2012, quando o nível chegou a 2,70 metros.

Segundo previsão da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), do Ministério das Minas e Energia (MME), o Rio Paraguai, na estação de Ladário, encontra-se “em elevação” apresentando valores de cota de nível d’água acima da curva de permanência de 50% ou em fase de cheia.

Previsão - O prognóstico da CPRM é que no dia 26 deste mês o rio chegue a 3,28 metros na régua ladarense, que registra os níveis do Rio Paraguai desde o ano 1900, de acordo com o jornal Diário Corumbaense.

Ainda segundo essa previsão, no dia 18 de março o nível poderá estar em 3,94 metros, quase 1 metro a mais que os 3,04 metros registrados no 18 de março do ano passado.

A maior cheia já registrada, ainda segundo o Diário Corumbaense, ocorreu em abril de 1988, quando o Rio Paraguai atingiu a marca de 6,64 metros em Ladário. Em 2015, o pico da cheia atingiu 4,60 metros, marca alcançada nos dias 20 e 21 de julho.

Cheias - De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal, a planície pantaneira está rodeada de planaltos onde nascem os principais rios do Pantanal. Devido ao tamanho da planície e sua pequena declividade, há ocorrência de sistema de cheias.

Portanto, durante o período de chuvas, as águas que se originam nos rios do planalto chegam à planície e, somadas às chuvas locais, inundam as regiões mais baixas.

Chuvas - Ontem mesmo, por exemplo, foi registrado grande volume de chuva na região. De acordo com o meteorologista da Uniderp, Natálio Abrão, foram registrados 59,8 milímetros de precipitação em Corumbá.

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