Seis membros do PCC que mataram PM em MS são condenados a 208 anos
O julgamento de 17 réus foi desmembrado em quatro fases; Restam 11 réus e os próximos júris estão marcados para 23 e 30 maio
A segunda fase do julgamento de 17 réus pela morte de um policial militar aposentado, que foi desmembrado em quatro por causa da quantidade de envolvidos, aconteceu nesta segunda-feira (14), e mais três foram condenados. Somadas ao primeiro júri, as penas já chegam a 208 anos de prisão.
O primeiro júri ocorreu no dia 9 de maio, quando Cléverson Messias Pereira dos Santos, Maicon Gomes de Souza e Marcos Barbosa, foram condenados a um total de 63 anos de cadeia. A pena mais extensa foi de Cléverson: 39 anos e 5 meses; Maicon recebeu pena de 26 anos e 4 meses, e Marcos, 7 anos e 3 meses. Este último foi o único que teve desqualificada a acusação de homicídio qualificado.
No júri desta segunda-feira (14), João Carlos Olegário da Silva foi condenado a 34 anos, Jorge Aparecido dos Santos a 51 anos e Jair da Costa Silva a 50 anos de prisão. As penas somadas, agora, chegam a 135 de prisão. Com as sentenças da primeira fase já são 208.
O próximo júri está marcado para o dia 23 de maio e o último no dia 30 de maio.
Na última quarta-feira (9) durante o primeiro júri, o 2º Comando da Polícia Militar realizou um esquema especial de segurança dentro e fora da Comarca. Inclusive, um helicóptero do Comando Geral de Campo Grande, auxilia no monitoramento.
Entenda o caso - Na época, a facção criminosa resistiu, no primeiro momento, a ordem do comando para executar um policial militar em Mato Grosso do Sul. O grupo criminoso temia prejuízos nos "negócios". A ordem para a execução, segundo a Polícia Civil, veio do comando dos estados de São Paulo e Paraná e foram repassadas ao grupo pelo presidiário da Máxima, Marcos Barbosa, 36 anos conhecido como ‘Pinduca’. “Era uma determinação vinda de outros estados para demonstrar a força da facção”, relata o delegado.
Antes da execução, quatro dos integrantes envolvidos diretamente trabalharam levantando a rotina de Otacílio, logística e rotas para a fuga depois dos tiros. Maicon Gomes de Souza, 21 anos, conhecido como Grego foi quem dirigiu o veículo na noite do crime.
As investigações apontaram que João Carlos Olegáro da Silva, conhecido como “Ak”, 19 anos, Jair Costa da Silva, com apelido de Perturbado, 32 anos e Cleverson Messias Pereira dos Santos, chamado de Cabelo, 33 anos, foram os que de fato atiraram em Otacílio.
Cleverson era o sobrinho da vítima e quem indicou o tio como alvo foi Jair, que é considerado o mandante da quadrilha, com ligação direta a facção criminosa e com ascensão hierárquica sobre os demais. Para a Polícia ele negou ser integrante da facção e disse apenas ser “primo leal”, que é alguém que concorda com as ações, mas não é considerado membro. No entanto, as investigações confirmaram o envolvimento dele.
As prisões começaram no dia 7 de março de 2013, logo depois do crime e seguiram com a ajuda da Polícia de São Paulo. Parte dos envolvidos foi presa em Três Lagoas, Presidente Prudente, Castilho e Jales, no interior do estado paulista.
Os outros seis integrantes participaram das reuniões onde foi decidida a execução. Fernando Rodrigues Monteiro, com apelido de da Leste, 21 anos, Jonathan dos Santos Avelino, 22 anos, conhecido como Terrorista, Douglas dos Santos Almeida, o Dodo, de 21 anos, Luiz Felipe Miranda Rios Saito, com apelido de Jamaica, 20 anos, Fabrício da Silva Almerindo dos Santos, 20 anos, chamado de do Nike e Thiago Cintas Bertalia, o Gianechini, de 29 anos.