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Interior

Sem fazer cirurgias há 110 dias, hospital será entregue à prefeitura

Em audiência de conciliação, juiz determinou que município assuma provisoriamente hospital até que o Estado faça uma licitação

Helio de Freitas, de Dourados | 27/02/2017 10:11
Reinaldo durante visita a pacientes do hospital de cirurgias, que funcionou por menos de um ano (Foto: Divulgação)
Reinaldo durante visita a pacientes do hospital de cirurgias, que funcionou por menos de um ano (Foto: Divulgação)

Inaugurado em dezembro de 2015 para acabar com a fila de pessoas que aguardam por uma cirurgia eletiva na região da Grande Dourados, o hospital ativado pelo governo de Mato Grosso do Sul está há 110 dias sem funcionar e em breve vai ser entregue para a prefeitura.

A decisão foi tomada pelo juiz da 6ª Vara Cível, José Domingues Filho, durante audiência de conciliação como parte do inquérito civil instaurado pelo Ministério Público para investigar o caso.

O juiz deu prazo de até 30 dias para o governo retirar a gestão da unidade de cirurgias do Hospital Evangélico e repassar para o município de Dourados.

A prefeitura ficará responsável pelo funcionamento até a Secretaria Estadual de Saúde abrir uma licitação para contratar outra empresa que irá assumir a gestão do Hospital Regional de Cirurgias Eletivas da Grande Dourados.

Quadro de abandono – De acordo com o promotor Ricardo Rotunno, uma vistoria feita pelo Conselho Municipal de Saúde nas instalações do hospital revelou que toda a estrutura do hospital de cirurgias estava ociosa, sem a presença de pacientes e dependências vazias.

O hospital de cirurgias foi instalado pelo governo do Estado no prédio onde funcionava o hospital particular São Luiz, na Rua Coronel Ponciano com Avenida Weimar Gonçalves Torres.

Na época, a gestão foi repassada ao Hospital Evangélico, instituição particular que também presta serviços pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas já enfrentava uma grave crise financeira.

No início de 2016, o governador Reinaldo Azambuja chegou a reclamar do pequeno número de cirurgias feitas no hospital e cobrou mais produtividade. Em novembro, por causa de uma infiltração no teto, o hospital paralisou o atendimento, que até agora não foi retomado.

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