Sindicato de professores tenta esvaziar escolas em protesto por reajuste

Em comunicado divulgado nas emissoras de rádio da cidade, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) pede aos pais que não levem os filhos para as escolas municipais de Dourados nesta terça-feira (27). A paralisação de um dia, em protesto contra a falta de reajuste salarial, vai atingir pelo menos 45 unidades de ensino fundamental e educação infantil.

Os professores reivindicam reajuste de 7,64% do piso nacional, que deveria ter sido corrigido em abril. O índice foi aplicado em nível nacional e deveria ser seguido no município, como determina a lei municipal do piso do magistério. Já os servidores administrativos reivindicam reposição dos salários, que tiveram o último reajuste em 2014.

Em reunião com os representantes dos servidores na semana passada, a prefeita Délia Razuk (PR) não apresentou nenhuma proposta e disse que o município não tem dinheiro para reajustar os salários. Em nota da assessoria, a prefeita disse que a prioridade é pagar os salários dos servidores em dia.

A presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), Gleice Jane Barbosa, disse que amanhã os educadores voltam a protestar em frente à prefeitura e se a negociação não avançar poderá ser iniciada uma greve por tempo indeterminado.

“Já tivemos três reuniões com o governo. A prefeitura apresenta dificuldades para conceder o reajuste, mas não abre as contas para mostrar onde está sendo gasto o dinheiro”, afirmou a sindicalista.

Os educadores também cobram da prefeitura a convocação de aprovados em concurso para as chamadas “vagas puras”, que, por lei, só poderiam ser ocupadas por servidores efetivos.

Segundo os professores, existem pelo menos 1.500 servidores contratados apenas na educação. O sindicato cobra a convocação inclusive para vagas de coordenadores dos centros de educação infantil.

Na semana passada a prefeitura convocou 185 aprovados, mas o Simted considera o número pequeno.