Temendo novos conflitos, prefeito reitera pedido por reforço na segurança
O prefeito , Mário Valério (PR), informou, que solicitou ao governo do Estado reforço na estrutura de segurança para evitar novos conflitos na região da fazenda Yvu, próximo a aldeia Te’yikuê, em Caarapó, município a 283 quilômetros de Campo Grande. Ontem, uma pessoa morreu e pelo menos seis ficaram feridas durante confronto entre índios e fazendeiros.
Segundo o prefeito, ele esteve nesta quarta-feira em reunião com o gabinete de crise da Sejusp (Secretaria de Estado Justiça e Segurança Pública), que coordena operações no conflito entre índios e produtores rurais no Sul do Estado.
Paralelamente, Mário Valério disse que entrou em contato com parlamentares do Estado para reiterar a necessidade da presença da Força Nacional de Segurança na região. Equipes da PF (Policia Federal), DOF (Departamento de Operações da Fronteira), Polícia Civil e Militar estão na região.
“O clima continua tenso. A estrada está bloqueada e tentaremos sobrevoar a região com um helicóptero para ter uma dimensão da situação”, disse.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o governo lamenta o episódio que resultou na morte e em feridos, dentre três eles policiais militares. Segundo o governo, eles foram rendidos, agredidos e tiveram roubadas três pistolas calibre .40, uma escopeta calibre 12 e três coletes.
“Quem estiver de posse das armas está em situação de flagrância por porte ilegal de armas de uso restrito e ainda receptação de produto de roubo”, traz o texto.
A nota informa, ainda, que os bombeiros foram acionados e prestaram socorro às vítimas e quando resgatavam os policiais a viatura foi incendiada, além de um caminhão que transportava uma colheitadeira.
Foi instaurado um inquérito policial para apurar os fatos e serão realizadas diligências para identificar os autores das agressões policiais, o roubo das armas e os danos causados à viatura policial.
A morte do agente de saúde Clodioudo Aguile Rodrigues dos Santos, 26, é apurada pela Polícia Federal. Os indígenas informam que Clodioudo foi morto a tiros pelos fazendeiros, mas os produtores dizem que, durante uma confusão, o agente de saúde foi atropelado por um caminhão.