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Interior

Uma semana após lockdown, município praticamente acaba com fila por UTI

Enquanto Dourados reduz de 38 para 1 na fila de espera, Capital segue em situação crítica

Guilherme Correia | 21/06/2021 09:25
Com 220 mil habitantes, Dourados decretou lockdown severo em 28 de maio e hoje colhe frutos (Foto: Franz Mendes)
Com 220 mil habitantes, Dourados decretou lockdown severo em 28 de maio e hoje colhe frutos (Foto: Franz Mendes)

Dourados, maior município do interior de Mato Groso do Sul, decretou lockdown em 28 de maio para frear a alta de casos e óbitos por covid-19. Oito dias após o fim dessa medida restritiva, a fila de pessoas aguardando abertura de leitos de terapia intensiva reduziu expressivamente.

Apenas um paciente, que está na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) Dr. Afrânio Martins, aguarda disponibilidade de um leito para ser internado em hospital, sendo que há uma semana, havia 20 pessoas nessas condições e no dia 30 de maio eram 36. Além dele, atualmente, há registro de um hospitalizado do município de Mundo Novo, que também espera por leito.

Sem lockdown - Enquanto isso, o município de Campo Grande continua em situação semelhante à verificada há algumas semanas.

Segundo dados das centrais de regulação de pacientes, atualizados no último domingo, Campo Grande tem 96 solicitações de leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com sintomas graves de coronavírus.

Além desses, há outros oito pacientes de municípios que compõem a macrorregião da Capital na mesma situação. Eles são de Nova Alvorada do Sul (3), Costa Rica, Miranda, Terenos, Aquidauana e Maracaju.

A cidade se recusou a seguir o que foi decretado pelo governo estadual, que classificou Campo Grande como "bandeira cinza" - a pior classificação do programa Prosseguir.

Ainda em maio, quando o índice de pacientes esperando leito de UTI era semelhante ao verificado atualmente, o Campo Grande News procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) sobre a alta de pacientes nessas condições, que faz com que muitas pessoas não conseguissem ter acesso a hospitais públicos.

Em nota, a pasta informou à época que tratava-se de uma situação já prevista. "O número de pacientes aguardando transferência hospitalar é flutuante e diversos fatores devem ser considerados para justificar tais oscilações, como o aumento ou redução no número de traumas, emergências clínicas, entre outros agravos".

Segundo a Sesau, o fluxo de pacientes é "perene", e portanto, "sempre haverá pacientes aguardando o processo de regulação, independente de haver vagas ou não disponíveis. Considerando os meses anteriores, o número atual é considerado 'controlado'".

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