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Interior

Varredura do Exército e PM acha 302 armas brancas e drogas em presídio

Operação Poty Porã, com uso de cães farejadores e equipamentos do Exército, apreendeu armas artesanais, celulares e drogas

Helio de Freitas, de Dourados | 17/05/2017 17:24
Carregando materiais apreendidos, Soldados do Exército deixam presídio após oito horas de operação (Foto: Adilson Domingos)
Carregando materiais apreendidos, Soldados do Exército deixam presídio após oito horas de operação (Foto: Adilson Domingos)
Movimento em frente ao presídio de Dourados após encerramento da Operação Poty Porã (Foto: Adilson Domingos)
Movimento em frente ao presídio de Dourados após encerramento da Operação Poty Porã (Foto: Adilson Domingos)

Terminou por volta de 16h desta quarta-feira (17) a Operação Poty Porã (limpeza, em guarani), realizada pelo Exército, tropa de choque da Polícia Militar e Agepen na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

O presídio tem 2.500 internos ocupando 700 vagas. Boa parte da população carcerária é ligada a facções criminosas, principalmente ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Pelo menos 500 policiais e soldados da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada participaram da operação, que incluiu pente-fino nas celas e barreiras nos arredores do presídio, localizado na margem da BR-163, saída para Campo Grande.

A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada do Exército informou que durante a varredura nas celas, feita com o uso de cães farejadores equipamentos de scanner, foram apreendidas 302 armas artesanais, 167 materiais contundentes, como pedaços de barra de ferro, dez telefones celulares e 176 itens de material químico ou entorpecentes.

O balanço da operação foi divulgado pelo secretário estadual de Justiça e Segurança Pública José Carlos Barbosa e pelo coronel Marcelo Costa Lima, chefe do Estado Maior da 4ª Brigada do Exército (veja vídeo abaixo).

Ao comentar a operação, o secretário disse que esse tipo de ação protege a integridade dos próprios presos, já que a maior parte do material apreendido é de arma artesanal que poderia ser usada entre os internos.

Segundo ele, operações semelhantes vão ocorrer em outros presídios do Estado. A varredura em Dourados foi a segunda realizada em Mato Grosso do Sul depois que o presidente Michel Temer autorizou a participação das Forças Armadas em ações nos presídios. A primeira ocorreu na penitenciária da Capital, em fevereiro.

Secretário de Segurança fala sobre operação em presídio (Foto: Adilson Domingos)
Secretário de Segurança fala sobre operação em presídio (Foto: Adilson Domingos)

Cobrança – José Carlos Barbosa voltou a cobrar mais participação das Forças Armadas no combate ao crime, principalmente na fronteira, e disse que ações conjuntas iguais a que ocorreu hoje em Dourados precisam ser ampliadas, para combater o crime organizado.

“O inimigo interno é muito mais ameaçador que o inimigo externo. Drogas e armas estão entrando no país pela fronteira. Até Armas das Farc estão sendo introduzidas em território brasileiro e o país precisa de medida mais enérgica das tropas federais para proteção das nossas fronteiras. A Polícia Federal sozinha não tem condições de fazer esse enfrentamento”, afirmou o secretário. (Colaborou Adilson Domingos)

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