Vitória foi assassinada perto de casa por vizinho ciumento que a viu crescer
Adolescente morreu estrangulada e corpo foi enterrado em brejo próximo ao local da morte
Nilton Fernandes de Souza, de 39 anos, confessou, na tarde deste sábado (29), à polícia que matou a adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, de 15 anos, em Ivinhema, a 289 km de Campo Grande. Ciúmes da vítima é a principal motivação para o crime. Ele estava com mandado de prisão expedido desde sexta-feira.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, o assassino é conhecido da família e viu Vitória crescer. Ele teria ficado com ciúmes da jovem, depois que ela se encontrou com outro homem e a levou à força para uma casa abandonada perto da residência que Vitória morava. Lá ele a matou estrangulada.
"Temos uma testemunha que viu o autor perseguindo a vítima. De acordo com a confissão dele, Vitória foi morta na terça-feira mesmo, perto da meia-noite. Todos os elementos caracterizam que foi um feminicídio, além da ocultação de cadáver, já que o corpo da adolescente foi enterrado em um brejo perto da casa onde ela foi assassinada", explicou o delegado Felipe Alvarez Madeira, responsável pela investigação.
A princípio não há indícios de estupro, mas o corpo de Vitória estava em avançado estado de decomposição, o forte calor e as chuvas intensas aceleraram o processo, dificultando o trabalho da perícia. A causa da morte e a comprovação se houve ou não abuso sexual só serão confirmados no laudo necroscópico.
Na casa onde Vitória foi assassinada foram coletadas roupas e mechas de cabelo, que também passarão por perícia. Outros dois homens foram conduzidos para a delegacia suspeitos de envolvimento no crime, eles teriam ajudado na ocultação de cadáver.
"É um caso que choca bastante por causa da forma do crime e idade dela. Não podemos trazer a vida da vítima de volta, mas podemos ao menos trazer o conforto pra sociedade de que quem praticar esse tipo de crime será punido", finalizou o delegado Felipe.
Vitória estava desaparecida desde às 22h de terça-feira, quando foi vista a última vez pela irmã, na frente da casa onde morava. Familiares, amigos, polícias Civil e Militar realizaram buscas pela adolescente por 3 dias seguidos, com ajuda de drone e cães farejadores.