Juiz anula documento e ex-prefeito é suspeito de matar policial civil de MS
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Paranhos, pediu nesta sexta-feira (6) a prisão preventiva de Vilmar Neneco Acosta Marques, ex-prefeito da cidade paraguaia Ypejhu preso em Caarapó na quarta-feira (4) e acusado de 23 assassinatos. Ele foi transferido para a delegacia da Polícia Federal em Campo Grande na manhã de quinta (5), onde deve permanecer até que seja determinada a sua extradição para o Paraguai. A Justiça anulou o documento brasileiro do ex-prefeito.
“Manter Neneco preso é uma questão de honra para a Polícia Civil”, disse hoje pela manhã ao Campo Grande News o delegado Claudineis Galinari, responsável pelas investigações que levaram à prisão de Neneco. O pedido de prisão preventiva se justifica por três crimes: favorecimento à fuga, documentação falsa e coautoria de homicídio, com base na morte do papiloscopista policial Marcílio de Souza, na cidade de Ipejhu, em fevereiro de 2014.
A vítima era de Paranhos e o crime teria sido executado a mando de Neneco, com arma pertencente a ele, que ainda ajudou na fuga do assassino, Gustavo Barros Benites. Marcílio estaria investigando vários crimes ligados ao paraguaio e já tinha prendido um irmão de Neneco. A arma utilizada para matar o policial foi a mesma que matou o jornalista Pablo Medina e foi utilizada em outros quatro homicídios no ano de 2014.
Ainda nesta quinta-feira (5), o juiz da comarca de Sete Quedas, Guilherme Henrique Berto de Almada, determinou a anulação dos documentos brasileiros portados por Neneco, que o identificavam como Vilmar Marques Gonzales, nascido em Paranhos. A justiça determinou a anulação dos documentos por conta das evidências de sua ilegalidade.