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Cidades

Justiça mantém prisão de mulher e filha de subtenente alvo de operação da PF

Em uma das ligações interceptadas pela polícia, Jéssica tramava à realização de execuções de rivais para vingar a morte do irmão

Viviane Oliveira e Aline dos Santos | 26/07/2018 13:50
Roseleia e Silvio posam para foto em momento de lazer (Foto: reprodução/Facebook)
Roseleia e Silvio posam para foto em momento de lazer (Foto: reprodução/Facebook)

A Justiça Federal manteve prisão preventiva de Roseleia Teixeira Piovezan Molina Azevedo e Jéssica Piovezan Azevedo Molina, esposa e filha do subtenente da Polícia Militar Sílvio César Molina Azevedo - alvo da operação Laços de Família. A ação foi feita pela PF (Polícia Federal) em 25 de junho. As duas mulheres estão presas desde o dia 28 do mês passado no presídio feminino de Jateí.

A família atuava no estilo de máfia em parceria com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e comandava o tráfico de maconha na região de Mundo Novo. Silvio está preso no Presídio Militar de Campo Grande.

A defesa pediu a substituição da prisão das duas mulheres por outras medidas cautelares alternativas menos drásticas, como por exemplo, prisão domiciliar. Segundo o juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, que manteve a prisão, “há indícios de que todos contra os quais se impôs a prisão cautelar são integrantes da organização criminosa, composta por pessoas armadas e ainda em pleno funcionamento”.

Segundo a investigação, tanto Jessica quanto Roseleia tinha participação ativa na organização criminosa. Após a morte do irmão, Jefferson Henrique, executado a tiros em junho do ano passado, Jessica passou a cuidar do controle dos créditos da família com outros traficantes.

Em um dos casos narrados no processo, Roseleia e a filha em um Toyota Corolla branco deram auxílio logístico a Clodoaldo Lenzi, que em setembro de 2016 foi preso com mais de três toneladas de maconha. Em outra ocasião, mãe e filha, viajaram para acertar créditos pendentes com traficantes da região Nordeste.

Jéssica com a ajuda do cunhado, também assumiu comando da associação criminosa, enquanto seu marido, Douglas Bodinho, esteve preso - de setembro a dezembro de 2015. Em uma das ligações interceptadas pela polícia, Jéssica tramava à realização de execuções de rivais para vingar a morte do irmão.

Durante a investigação, a Polícia Federal apreendeu R$ 317.498,16 em dinheiro, joias avaliadas em R$ 81.334,25, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte de carga.

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