Justiça veta Maníaco da Cruz em Unei e Estado consulta 23 clínicas
O destino de Dionathan Celestrino, de 21 anos, continua indefinido. O Estado aguarda resposta de 23 locais. Enquanto isso ele permanece separado dos demais presos na Polícia Civil de Ponta Porã.
Conhecido como Maníaco da Cruz, o rapaz foi para trás das grades em 2008, quando tinha 17 anos, após matar três pessoas em Rio Brilhante, a 163 quilômetros de Campo Grande.
Ele ficou internado por três anos na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Em 2011 venceu o prazo legal de permanência na unidade e, como laudo médico aponta que Dionathan tem problemas psiquiátricos a Justiça determinou a internação compulsória dele.
Mesmo assim, o rapaz continuou na Unei, pois o Estado não encontrava local adequado para ele. Em março deste ano o Maníaco fugiu do local após quebrar e pular uma janela e foi encontrado nessa segunda-feira na cidade paraguaia de Horqueta.
O superintendente da Assistência Socioeducativa, coronel da Polícia Militar, Hilton Vilassanti, explica que 23 clínicas em São Paulo e Minas Gerais já foram consultadas, mas, ainda não responderam se aceitam Dionathan.
De acordo com o superintendente, a principal dificuldade em encontrar o local adequado está na segurança. Conforme ele, a clínica deve permitir escolta e aqui em Mato Grosso do Sul, nenhuma delas aceita. “Não há dúvidas que o local mais apropriado seja fora do Estado”.
O coronel cita ainda que o modelo de internação já está ultrapassado e esta também é uma das dificuldades.
Mortes- O primeiro a morrer foi o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. O crime foi em 2 de julho de 2008. A segunda vítima foi a frentista homossexual Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo de cemitério, no dia 24 de agosto.
A terceira e última vítima foi Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro. Dionathan foi apreendido no dia 9 de outubro, seis dias após o último assassinato.