ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Laudo sobre morte de índio terena tem 71 páginas e está com a Polícia Federal

Evelyn Souza | 31/07/2013 14:57
Caixão chega a hospital em Sidrolândia. (Foto: Simão Nogueira)
Caixão chega a hospital em Sidrolândia. (Foto: Simão Nogueira)

O laudo que deve apontar se o índio terena, Oziel Gabriel, 35 anos, foi morto por policiais federais, já está nas mãos do delegado Mario Paulo Machado NomotoO documento, que tem 71 páginas, foi entregue ao delegado responsável pelas investigações na última segunda-feira (29) e já foi anexado ao inquérito.

De acordo com a assessoria da PF, a partir de hoje, o delegado Nomoto tem 60 dias para concluir as investigações. Prazo que poderá ser prorrogado. O resultado ainda não foi divulgado.

O indígena Oziel Gabriel foi morto no dia 30 de maio deste ano, durante um conflito na reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 71 quilômetros da Capital.

O atestado de óbito comprovou que o índio foi morto por um tiro no abdômen, supostamente disparado por policiais federais. Policiais militares também participaram da desocupação.

No dia da reintegração de posse, o corpo de Oziel foi levado do hospital para a funerária, onde foi feita a declaração de óbito. A vítima deveria ter sido encaminhada, ao IML (Instituto Médico Legal), onde o médico legista faria o atestado. Porém, conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, a plantonista do IML de Sidrolândia estava fora da cidade.

Os índios passaram a acusar a Polícia de ter efetuado o disparo. O velório de Oziel foi interrompido e um perito de Brasília veio ao Estado a pedido da presidente Dilma Roussef, realizar a perícia no corpo do índio.

No mês de junho, durante visita do Ministro da Justiça, o superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, delegado Edgar Marcon, confirmou o uso de armas letais durante atuação de reintegração de posse, na fazenda Buriti.

“Eles estavam usando, mas isso não quer dizer que eles tenham utilizado”, explicou Marcon.

Nos siga no Google Notícias