Material para exame em macaco morto foi coletado e será levado para SP
Teste laboratorial será feito no Instituto Adolfo Lutz; este é a primeira morte de primata em investigação no Estado em 2018
O material necessário para exame que pode comprovar se foi a febre amarela que matou um macaco em Maracaju já foi coletado e segue nesta quarta-feira (24) para o Instituto Adolfo Lutz, laboratório em São Paulo (SP). Não há prazo para o resultado da análise clínica sair.
De acordo com SES (Secretaria de Estado de Saúde), o material foi coletado no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública).
O macaco foi encontrado morto sábado (20) perto da área de mata em uma fazenda que fica na divisa de Rio Brilhante e Maracaju. Temendo que a febre amarela tenha sido a cauda do óbito, moradores da propriedade rural acionaram o Corpo de Bombeiros. A Vigilância Sanitária da Prefeitura de Maracaju também foi chamada.
Durante todo o ano de 2017, segundo a SES, seis macacos foram encontrados mortos no Estado, mas os resultados de exames foram negativos para a doença. Os primatas foram encontrados em Corumbá (2), Dourados (1), Ladário (1) e Campo Grande (2).
Não é o animal que provoca a doença, mas o mosquito que transmite o vírus para os bichos e humanos. As mortes de macacos apenas podem funcionar como indicativo da circulação do agente causador.
Casos em humanos - Dos 145 casos de febre amarela em investigação no país, três são de pessoas que podem ter sido contaminadas em Mato Grosso do Sul. O dado também consta no último boletim epidemiológico do ministério.
A secretaria esclarece que as notificações não foram feitas por Mato Grosso do Sul. Os pacientes com suspeita da doença são tratados em São Paulo e foi a secretaria de saúde do Estado vizinho que informou o ministério da apuração. Estas pessoas teriam passado pelo Estado recentemente.
A SES informou ainda, por meio da assessoria de imprensa, que sequer havia sido avisada das investigações e que pediu esclarecimento ao ministério.
Nenhum caso de febre amarela foi confirmado em Mato Grosso do Sul. Por isso, não há motivo para pânico, garante a secretaria. O último caso de febre amarela em humanos registrado em Mato Grosso do Sul foi em 2015, de um viajante que contraiu a doença em outro Estado.