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Cidades

MPE investiga ex-assessor da Prefeitura por “incentivar” invasões em Anhanduí

Michel Faustino | 02/12/2015 16:01

O MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito para investigar Tamotsu Mori, ex-assessor da Prefeitura, por supostamente incentivar pessoas de outros municípios do Estado a invadir terrenos públicos e particulares no distrito de Anhanduí. O procedimento foi publicado nesta quarta-feira (02), no diário oficial do Ministério Público.

Conforme o inquérito que está sendo conduzido pelo promotor Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha, da 30ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Comarca de Campo Grande, além de incentivar as invasões, o ex-assessor oferecia aos invasores garantias de que eles seriam mantidos com cestas básicas fornecidas pela SAS (Secretaria de Assistência Social).

A denúncia, encaminhada ao Ministério Público em maio deste ano, cita que, com a ação,  Mori contribuia para que a região de Anhanduí se tornasse “uma favela cheia de barracos e pessoas vivendo em situações sub-humanas”.

O Ministério Público, porém, não dá detalhes a respeito das razões pelas quais o assessor exercia tal pratica. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande, Tamotsu exercia o cargo em comissão durante à gestão do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) e foi exonerado no dia 27 de agosto deste ano, pelo prefeito Alcides Bernal (PP).

Em entrevista por telefone ao Campo Grande News, o ex-assessor afirmou desconhecer as denúncias, que acredita ter motivações políticas. Mori disse que foi nomeado em agosto do ano passado na Segov (Secrataria Municipal de Governo) sendo designado para atuar no distríto de Anhanduí e à época teve contato com uma pessoa que estaria envolvida em suposto esquema de ocupação irregular de lotes.

"Eu tive conhecimento que tinha um rapaz lá que estava mexendo com essas invasões e eu conversei com ele para orientar que isso não era certo. Mas, esse foi meu único envolvimento com algo neste sentido. Agora, como eu era atuante na região, acredito que isso esteja relacionado à questões políticas", disse.

Ele afirmou que está à disposição do Ministério Público e da Justiça para esclarecer à situação que ele classificou como "equivocada".

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