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Cidades

No dia da aposentadoria, juiz Odilon decide se Cesare Battisti ficará preso

Foragido da Justiça italiana, Césare foi preso na tarde de ontem em Corumbá

Mayara Bueno e Geisy Garnes | 05/10/2017 15:55
Juiz Odilon de Oliveira aguardando início de audiência de Battisti. (Foto: Marcos Ermínio).
Juiz Odilon de Oliveira aguardando início de audiência de Battisti. (Foto: Marcos Ermínio).

No dia em que anunciou sua aposentadoria, o juiz federal Odilon de Oliveira será o responsável por decidir, na audiência de custódia nesta quinta-feira, dia 5, o destino de Cesare Battisti, foragido da Justiça italiana e preso no Brasil.

Battisti foi preso na tarde de quarta-feira, dia 4, em Corumbá. A audiência será feita por videoconferência na sede da Justiça Federal, em Campo Grande. 

Cesare tem três advogados, dois deles permanece com ele na cidade branca e outro, Thiago Nascimento Lima, acompanha a audiência na Capital. Ele não quis conversar com a imprensa.

O juiz autorizou a Polícia Federal a limitar o acesso de pessoas na sala de audiência onde o italiano está por segurança, caso achem necessário. 

Flagrante – Cesare Battisti foi flagrado na fronteira do Brasil com a Bolívia carregando R$ 10 mil em espécie, US$5 mil (o equivalente na cotação atual a R$ 15,6 mil) e 2 mil euros (cerca R$ 7,3 mil), conforme apurou o G1. Ele estava em um táxi boliviano com outros dois passageiros.

A grande quantia em dinheiro chamou a atenção de PRF (Polícia Rodoviária Federal), que deteve o italiano e acionou a PF.

A principal suspeita, conforme noticiou o jornal O Globo, é que ele tentava novo refúgio no país vizinho a Mato Grosso do Sul. Isso porque o governo italiano pediu "formalmente" ao Brasil que anule o refúgio dado à Battisti, para que ele seja devolvido e cumpra a pena no país de origem.

Aposentadoria - Odilon de Oliveira nasceu em 26 de fevereiro de 1949, na Serra do Araripe, município de Exu, Pernambuco. Filho de lavradores, trabalhou na roça até os 17 anos de idade. Foi alfabetizado em sua própria casa e se formou em Direito aos 29 anos. Antes de ser juiz, foi promotor de justiça e procurador federal.

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