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Cidades

Obras atrasam e MEC exonera reitor do Instituto Federal antes da eleição

Aline dos Santos e Edivaldo Bitencourt | 05/05/2014 10:36
Com estacionamento, prédio locado fica ao lado da reitoria do IFMS em Campo Grande. (Foto: Cleber Gellio)
Com estacionamento, prédio locado fica ao lado da reitoria do IFMS em Campo Grande. (Foto: Cleber Gellio)

Com obras atrasadas e alugueis de imóveis, o comando do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) foi trocado pelo MEC (Ministério da Educação). A mudança foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, com a exoneração de Marcus Aurélius Stier Serpe, que estava no cargo há seis anos. A saída do cargo de reitor pro tempore vale a partir desta segunda-feira.

O cargo será assumido por Maria Neusa de Lima Pereira. Ela foi cedida do quadro de servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima. Ela deve chegar hoje à tarde, segundo a assessoria de imprensa.

Com a sede própria emperrada na fase de construção, o IFMS alugou mais um prédio no mês passado.

A instituição locou um imóvel na rua Ceará, ao lado do prédio da reitoria. Com dispensa de licitação, o contrato tem validade de dois anos e custo total de R$ 528 mil. Por mês, o gasto será de R$ 22 mil.

A justificativa formal é que o espaço permitirá ampliação da oferta de cursos técnicos a distância. No entanto, o novo gasto seria para ter acesso ao estacionamento para veículos. Segundo a assessoria de imprensa do IFMS, o objetivo é a compra do imóvel na rua Ceará, porém a negociação com os proprietários não foi concluída.

Na falta da “casa própria”, o IFMS já aluga por R$ 24,6 mil mensais uma sede provisória na avenida Júlio de Castilho, bairro Panamá. No início do ano, o Campo Grande News falou sobre o atraso da obra da sede definitiva, em andamento no bairro Santo Antônio.

No contrato assinado no ano de 2009, a empreiteira prometeu concluir o prédio em quase cinco anos, mas após 3,5 anos, apenas três dos cinco blocos estão prontos. O prazo final, previsto no contrato inicial, é em julho de 2014.

Marcus Aurélio foi afastado pelo MEC por causa das irregularidades. A princípio, ele deveria ficar no instituto até a realização da eleição para escolher o novo reitor. Oficialmente, o Ministério não divulgou o motivo do afastamento antes do prazo.

O Campo Grande News procurou o reitor afastado, mas a assessoria informou que ele estava viajando.

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