Pagamento de indenização de terras indígenas ainda é incógnita, diz Acrissul
O Governo federal ainda não definiu como será feito o pagamento pelas indenizações das terras indígenas aos produtores rurais em Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de MS (Acrissul), Francisco Maia, o grupo de trabalho e as reuniões com ministros ainda não definiram de que forma será paga ou como será feito a indenização das terras.
Só para a ampliar a reserva Buriti, em Sidrolândia, o Governo precisa “adquirir” mais 15 mil hectares. Atualmente, as aldeias somam 2 mil hectares e os índios querem amplia-las para 17 mil hectares. Estudo da Funai (Fundação Nacional do Índio) reconhece a área maior.
No entanto, segundo Maia, até o momento, a equipe econômica do Governo federal não definiu de que forma será feito a indenização. Produtores rurais já estimaram que a indenização seria de aproximadamente R$ 140 milhões.
De acordo com Chico Maia, apesar do prazo do grupo de trabalho terminar no dia 5 de agosto deste ano, a situação segue confusa. Na quarta-feira, o grupo do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apresenta o relatório com as propostas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Nesta terça-feira, os produtores rurais recebem três deputados federais da bancada ruralista – Ronaldo Caiado (GO), Abelardo Lupion (PR) e Luiz Henrique Mandetta (MS) – para discutir a questão dos conflitos indígenas na Acrissul.
Cerca de 100 produtores rurais devem participar do encontro. Eles vão ter um panorama da situação e decidir quais os encaminhamentos serão adotados a partir das propostas feitas pelo grupo que tem a missão de buscar uma solução para os conflitos indígenas em MS.