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Cidades

Pedágio ficou 47% mais caro com lei do caminhoneiro, inflação e prefeituras

Filipe Prado | 08/09/2015 16:45
A tarifa do pedágio subiu 47,9% desde a concessão da via, em 2012 (Foto: Gerson Walber)
A tarifa do pedágio subiu 47,9% desde a concessão da via, em 2012 (Foto: Gerson Walber)

O valor do pedágio teve aumento de 47% em Mato Grosso do Sul, com o preço médio a cada 100 quilômetros oscilando de R$ 4,38 para R$ 6,48. A partir de segunda-feira (14), nos mais de 800 quilômetros de rodovia, as praças de pedágio vão cobrar valores que variam entre R$ 4,70 até R$ 7,20.

O diretor-presidente da CCR MSVia, Maurício Soares Negrão, apontou que o valor inicial foi estimado em R$ 4,38 , em maio de 2012, quando foi atribuída a concessão para a concessionária. Desde então, o valor médio cobrado nos pedágios, calculados a cada 100 km, subiu 47,9%.

O aumento levou em conta o reajuste com base do IPCA, com acréscimo de R$ 1,33, as perdas provocadas a partir da Lei dos Caminhoneiros, onde os eixos suspensos não pagarão pedágio, o que gerou um aumento de R$ 0,66 na tarifa. As despesas que ocorreram fora de contrato também originaram novos gastos, somando R$ 0,12 no valor pago pelo motorista.

Das nove praças de pedágio, as mais caras estão nos trechos de Campo Grande e no município de Rio Verde de Mato Grosso, onde serão cobrados R$ 7,20. "O preço é cobrado a cada 100 quilômetros, porém estes locais as praças estão mais distantes das outras", comentou o diretor-presidente. A tarifa mais barata é em Mundo Novo, sendo cobrado R$ 4,70.

A CCR estima que aproximadamente 50 mil veículos devem passar nos nove pedágios da rodovia, sendo arrecadado uma receita de R$ 30 milhões mensais. Do total, 5% será revertido para os 21 municípios às margens da BR-163.

Maurício afirmou que os valores podem sofrer reajustes, porém não apresentou limites para os preços. "O limite será até onde a empresa acredita que deve aumentar a tarifa", explicou.

Até o momento foram duplicados 90 quilômetros de rodovia, sendo injetados R$ 730 milhões até setembro deste ano. Conforme a concessionária, foram registrados 50% a menos de mortes em acidentes na BR.

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