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Cidades

PF investiga HU por erro médico em bebê de sete meses

Redação | 15/01/2010 10:27

A Polícia Federal passou a investigar o caso do bebê Enzo Antônio dos Santos Barbosa, de nove meses, que teve parte de um cateter "esquecido" no coração durante procedimento no Hospital Universitário de Campo Grande.

O caso, denunciado no ano passado pela mãe do menino, Silvana Barbosa, de 31 anos, chegou ao Ministério Público Federal e à PF, encaminhado pela Associação de Vítimas de Erros Médicos.

Ontem, os pais da criança passaram o dia prestando depoimento na Superintendência da PF, que vai investigar o caso envolvendo a instituição federal.

Segundo a mãe do bebê, o hospital se negou a entregar prontuário médico solicitado pela PF e, para ter acesso ao documento, a delegada que investiga o caso recorreu à Justiça.

Através do prontuário, a Polícia vai saber quais procedimentos foram adotados pelos médicos durante a permanência do bebê no hospital.

Nascido de um parto prematuro, aos sete meses de gestação, Enzo chegou a permanecer 13 dias internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) infantil do Hospital. Segundo a mãe, por causa da fragilidade da saúde do bebê, a criança passou a ter problemas no coração e os médicos decidiram colocar um cateter na criança.

Silvana lembra que em novembro do ano passado, após o menino passar mal, foi detectado que parte do instrumento havia ficado no coração do bebê.

"Quando é colocado um cateter em alguém é comum que seja feito um raios-X na retirada, mas eles não tiveram o trabalho de fazer isso", conta indignada. Segundo a mãe, com a descoberta do objeto, ela passou a sofrer ofensas e humilhações dentro do hospital.

"Cheguei a ouvir de médicos lá dentro que eles vão ter aborrecimento com a gente até depois dele ficar mais velho", relata.

O menino passou por nova intervenção em dezembro para retirada do objeto de 6 centímetros na Santa Casa, mas um mês depois da cirurgia da remoção, ela encontrou um fio cirúrgico dentro do umbigo da criança, que infeccionou.

"Fico preocupada se não tem mais nada dentro do corpo do meu filho", disparou indignada.

Ainda segundo informações da mãe da criança, o menino vai passar uma perícia médica na próxima semana. O exame que será feito no IML (Instituto Médico Legal) vai apontar se o erro deixou seqüelas.

A advogada Giovana Trad, que acompanha o caso como representante da Associação de Vitimas de Erros Médicos, também entrou com um pedido junto à Justiça para que o Hospital custei um tratamento médico. A acusação pede ainda uma pensão referente a um salário mínimo.

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