PMs que ficarem foragidos poderão responder processo de deserção
Doze policiais já estão presos na operação Fumus Malus. Quatro ainda não foram localizados
Os policias militares que estão sendo procurados na operação Fumus Malus, nesta quarta-feira, podem responder a processo de deserção. A informação é do comandante da PM (Polícia Militar), coronel Carlos Alberto David dos Santos.
Conforme a assessoria de imprensa da corporação, o comandante informou que caso os quatro policiais que ainda não foram presos não se apresentarem, poderão ser responsabilizados por abandono do serviço militar.
Ainda não foram encontrados: o 3º sargento da reserva remunerada Florisvaldo Oliveira dos Santos, o soldado Sidarta Maciel, o cabo Antônio Solidade Silva e o soldado Flávio Inácio Geromini, todos de Naviraí.
Dos 16 mandados de prisão contra policiais, 12 foram cumpridos: três em Naviraí, dois em Itaquiraí, um em Sete Quedas, um em Mundo Novo, um em Iguatemi e quatro Campo Grande.
Um dos militares presos é Clodoaldo Mendonça de Lagoas. Entre os policiais que estão foragidos, dois deles - Florisvaldo e Flávio - já tinham sido expulsos da instituição, mas, retornaram por força de determinação judicial. Já Sidarta responde a processo disciplinar, o qual já está em fase final, em recurso da defesa.
A ação desta quarta-feira é resultado de investigação que começou em outubro de 2010, pela Agência Central de Inteligência da PM, segundo o comando da Polícia Militar, depois de denúncias contra militares que estariam facilitando a passagem de contrabando.
Um primeiro grupo envolvido com o esquema já havia sido preso na segunda-feira, na operação Holambra. A ação terminou com 21 presos, sendo oito policiais militares. Todos os militares vão responder a processo disciplinar e podem ser expulsos da corporação,
A operação, que é realizada pela PM e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), é coordenada pelo GNCOC (Grupo Nacional
de Combate às Organizações Criminosas), Promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos.
De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), a ação acontece em Mato Grosso do Sul e mais sete Estados, com objetivo de combater a corrupção policial e outros crimes correlatos, ligados à falsificação e ao contrabando de cigarros.