Secretário diz que é cedo para falar em greve e que maioria aceitou reajuste
O secretário de Administração Estadual, Carlos Alberto Assis, disse, na tarde deste domingo (1), durante ato da Força Sindical em razão do dia do trabalhador, que ainda é cedo para categorias como a Polícia Civil e agentes penitenciários falarem em greve, já que o mês de maio, que é a data base dos servidores, começou agora. Ele fez questão de ressaltar que pelo menos 85% das categorias compreenderam o reajuste concedido esse ano e estão fechadas com o governo.
A festa pelo dia do trabalhador começou às 15 horas, na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, e entre outras atrações, tem sorteio de brindes, motos e um veículo HB-20.
Assis relatou que algumas categorias estão fazendo questionamento de greve, e questionamento político, e que "isso não pode". Ele fez questão de ressaltar que o governo oferece oportunidade para todos os sindicatos se manifestarem e que, até agora, "são poucos os que não querem conversar".
"Meia dúzia está falando em greve, acho que essas categorias nao querem continuar o diálogo, e se eles querem greve, vão fazer, porque é um direito legítimo do trabalhador, mas o governo insiste no diálogo, o que não podemos é prometer algo que não podemos entregar", comentou o secretário.
O titular da administração também disse que houve vários avanços até o momento, como a proposta de criação da 4ª classe para os policiais civis, o que, segundo ele, diminuiria a disparidade entre delegados e policiais. "Se somados todos os benefícios, daria quase 12,5%, mas a categoria não quis", lembrou.
Assis subiu ao palco para sortear uma motocicleta entre o público presente, e disse aos participantes que o governo do Estado tem o maior patrimônio de todos, que é a credibilidade.
Greve
Após assembleia realizada na semana passada, os agentes penitenciários decidiram entrar em greve nessa segunda-feira (2). Em todo o Estado, são 1380 servidores na função.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de MS, André Luiz Garcia Santiago, ficou acertado que o governo irá apresentar uma proposta à categoria no período de manhã de segunda-feira, e que, às 15 horas, haverá assembleia para decidir se continua o movimento.
Em relação à Polícia Civil, a categoria deve fazer uma paralisação de 24 horas no próximo dia 5 de maio, já que o abono linear de R$ 200,00 e um reajuste de 6% não foram aceitos.