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Cidades

Servidores querem reajuste de 25%, mas prefeitura deve repor inflação

Viviane Oliveira e Edivaldo Bitencourt | 18/04/2014 10:10
Secretário diz que o reajuste dos servidores municipais deve ser analisado de forma responsável. (Foto: arquivo/Marcos Ermínio).
Secretário diz que o reajuste dos servidores municipais deve ser analisado de forma responsável. (Foto: arquivo/Marcos Ermínio).

Os servidores municipais querem 25% de reajuste, mas a Prefeitura Municipal de Campo Grande deve repor apenas a inflação. “Se for analisar a economia do município, qualquer aumento se tornaria inviável”, diz o secretário municipal de Administração, Valtemir Alves de Brito.

Ainda conforme o secretário, o reajuste dos servidores deve ser discutido de forma responsável para não prejudicar o município e da mesma forma, o servidor público. “A discussão salarial envolve uma série de avaliação. Estamos 30 dias na administração, onde estão sendo realizadas várias ações para projetar o crescimento da cidade e aumentar a receita”, destaca.

O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, volta a se reunir com o secretário na próxima semana, mas o primeiro encontro não foi positivo. “Estamos preocupados”, afirma.

Além da proposta de 25% de reajuste linear, o sindicato encaminhou 43 propostas. Também inclui na pauta a redução do expediente para 30 horas semanais, aprovação do plano de cargos e carreiras e aumento do benefício do cartão alimentação. “O prefeito diz que o funcionário municipal é o patrimônio de Campo Grande, mas não foi isso que pareceu na primeira reunião”, alfineta.

Agora, o sindicato aguarda a contraproposta do município. A reunião ficou agendada para a semana que vem. O prazo para correções, acima da inflação, terminou em 4 de abril, por conta das eleições.

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, também se reuniu com o secretário de Administração para relembrar o que foi aprovado na lei do piso em 2013. Pela lei, o piso do professor municipal com 20 horas vai equivaler a 92,2% do piso nacional em junho. Atualmente, o valor está em R$ 1.322 (84,4%).

Em outubro, com o novo reajuste, o valor vai atingir 100% do piso. Neste sentido, o salário dos profissionais será equiparado ao piso nacional de 20 horas, que hoje está em R$ 1.697. Ou seja, até outubro, os docentes terão reajuste de 28,3%. Para uma jornada de 40 horas, o salário será de R$ 3.394.

Também foram discutidas com a Prefeitura, outras reivindicações como eleição para diretores, segurança nas escolas e patrulha escolar. O resultado dessa reunião já foi repassado por escrito. Agora, o sindicato vai marcar assembleia para discutir com a categoria.

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