Siufi evita citar salário de R$ 100 mil e afirma que tinha "muita produção"
O médico Adalberto Siufi afirmou, em depoimento à CPI da Assembleia Legislativa, que ganhava por produção no Hospital do Câncer e na prefeitura, mas evitou citar valores. Em 17 de julho deste ano, na Câmara Municipal, ele tinha afirmado que chegou a ter salário mensal de R$ 100 mil.
O presidente da CPI, deputado Amarildo Cruz (PT), tentou obter a mesma informação de Siufi, mas o médico se esquivou da resposta e não falou em valores. Ele contou que trabalhava no Hospital do Câncer, dava aula na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e ainda cumpria expediente no Posto de Saúde 26 de Agosto, no Bairro São Francisco, em Campo Grande.
No entanto, o médico, apesar de ser pressionado pelos deputados, não citou nenhum valor. Explicou que no Hospital do Câncer ganhava por produção. Bastante modesto, afirmou que era o “médico que mais trabalhava no hospital” e “tinha muita produção”.
Salvação – Ele, que é apontado por comandar um esquema que até negava medicamentos caríssimos para pacientes para economizar, defendeu o seu trabalho a frente do Hospital do Câncer.
Contou que o tratamento de câncer em Campo Grande era crítico até 1996, quando assumiu o comando do hospital. Ele disse que as estatísticas eram “vergonhosas”. Contou que o câncer do colo do útero era a principal enfermidade das campo-grandenses, enquanto no restante do País, era o câncer da mama.
Também propagandeou que visitava cidades do interior para buscar pacientes com câncer, que acabavam sendo encaminhados para a Capital.