Como fazer com que as pessoas queiram te ouvir
Conheça os 7 pecados da conversação que podem prejudicar as suas relações
As pessoas com as quais mais gostamos de conversar são aquelas que prestam atenção no que dizemos, olham nos nossos olhos e nos deixam falar sem nos interromper ou fazer caras e bocas. Isso porque o ser humano adora falar sobre si mesmo, fica feliz ao se sentir acolhido e procura sempre por aprovação.
Por isso, algumas pessoas são rotineiramente evitadas na hora das conversas. Você já se perguntou por quê? Ela pode ser julgadora demais, ou sempre quer impor sua opinião sobre as outras ou mesmo sempre dá uma exagerada e inclui uma mentirinha que considera inofensiva.
Listamos abaixo os sete pecados da conversação e que devem ser evitados se quisermos transmitir uma boa imagem profissional e pessoal. Falei em colunas anteriores e sempre gosto de repetir que a nossa imagem envolve aparência, comportamento e comunicação, e ambas devem estar alinhadas para que a gente consiga transmitir as mensagens que desejamos.
A fonte de inspiração para este texto foi o especialista em sons Julian Treasure. Ele ajuda pessoas a ouvirem melhor e produzirem discursos eficientes. Ele ministrou várias palestras TED, visualizadas por milhões de pessoas, e uma delas, intitulada “Como falar de forma que as pessoas queiram ouvir” (CLIQUE AQUI para acessar), vale muito a pena assistir.
Fofoca: Não costumamos confiar em quem conta fofocas sobre todos porque provavelmente, ao viramos as costas, o alvo da fofoca seremos nós.
Julgamento: Ninguém gosta de ser julgado, e por isso evitamos conversar com alguém que deliberadamente nos julga, ou por expressões faciais ou palavras, enquanto contamos determinado fato. É muito difícil evitar o julgamento, mas a chave é sempre tentar ver as coisas pelo ângulo da outra pessoa.
Negatividade: Pessoas que só veem o lado ruim de outras pessoas e situações, e parece que vivem com uma “nuvem negra” na cabeça, acabam contaminando todo o ambiente e são desagradáveis de se manter uma conversa.
Reclamação: Reclamar do tempo ou do trânsito já se tornou tão normal que nem nos damos conta quando isso se repete de maneira constante e em várias situações. Temos que nos policiar porque ninguém gosta de conversar com um “reclamão”.
Desculpas: Algumas pessoas costumam dar desculpas para todas as suas ações. E, frequentemente, colocam a culpa de tudo que não deu certo nas outras. Nunca se responsabilizam por seus atos e isso frequentemente irrita as pessoas com as quais dialoga.
Exagero ou mentira: Aconteceu um fato X mas existem pessoas que sempre contam 3X ou pior, falam que aconteceu Y. Acredito que esse é um dos maiores pecados na conversação, porque acarreta na perda da credibilidade, e isso costuma ser irrecuperável. Tente sempre narrar os fatos exatamente como eles aconteceram.
Dogmatismo: Transformar suas opiniões em verdades absolutas inibe outras pessoas de se expressarem perto de você. Uma das maravilhas do ser humano é que somos todos diferentes e acreditamos em coisas diferentes. É preciso escutar as opiniões contrárias e evitar a tentação de convencer as pessoas a pensarem do mesmo jeito que você.
A boa notícia é que ninguém está livre de ter essas atitudes e certamente todos nós já fizemos algo parecido. Mas a ideia é pensarmos a respeito e evitar tais atitudes. Assim, aprimorarmos as nossas relações interpessoais e nos tornarmos pessoas cada vez melhores de se conviver, no âmbito pessoal e profissional.
(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial.
(Imagem: Freepik)
Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.