As medidas restritivas estão freando a ômicron?
Os especialistas do mundo se debruçaram sobre os dados da África do Sul e da Inglaterra para entender a velocidade de transmissão do ômicron. Foi com esses estudos que entenderam que teríamos uma subida estonteante dos casos de infecção e a mesma velocidade de queda. A transmissão da ômicron sobe e desce nas mesmas velocidades. Agora, passaram a estudar quais medidas restritivas ajudam a freá-la. O modelo que vem sendo adotado é o espanhol.
Medidas severas em algumas cidades e liberou geral em outras.
Os especialistas estão de acordo que é impossível ter bons estudos sobre a ômicron dada sua velocidade de aumento de casos e quase desaparecimento. Necessitariam medir duas cidades muito parecidas, uma com medidas restritivas e outra sem elas. Isso não existe no mundo.
A contagem das hospitalizações.
Nas Ilhas Canárias, na Espanha, todas as medidas possíveis e imagináveis foram testadas. Tiveram como resultado 585 pessoas hospitalizadas por 100.000 habitantes. Canárias foram a região com menos hospitalizações em toda a Espanha. Todavia, o segundo lugar em número de hospitalizações, coube à Extremadura, com 676 por 100.000. Por lá, nenhuma medida restritiva foi adotada. Em cidades maiores os números foram repetidos. Na Catalunha, com muitas medidas restritivas, 1.808 foram hospitalizadas. Em Madrid, que não adotou restrições, foram 1.647 hospitalizações por 100.000.
Nenhuma restrição?
Máscaras em interiores, perseguir vacinação em massa e muita ventilação, são as medidas recomendadas. Nenhum especialista diz o contrário. Todavia, fechar escolas e comércio, passaporte covid, restrição de horários e de locais, são vistos como ações inúteis para combater a ômicron. Estão criando confusão desnecessária em Campo Grande com a manutenção das escolas fechadas. Essa medida não se sustenta em pé. O prefeito deve rever sua determinação, está dando um tiro no pé.
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