Como era a internet em 1995?
Alguns de vocês nem sequer haviam nascido, ou andavam com fraldas. Outros pensam que na época de Julio Cesar havia Twitter e Facebook. Mas não, houve um tempo em que a internet era coisa de seletas minorias. Ou não tão seletas, para dizer a verdade, mas minorias dedicadas e repletas de entusiasmo. Porque para usar a internet em 1995 era necessário muito insensato entusiasmo como para escalar o Everest.
A quase totalidade da população não tinha muito claro o que era essa coisa chamada internet. O cidadão comum se comunicava através dos raros e caros telefones. Custavam o equivalente a um carro. Os programas que eram usados para acessar a internet tinham nomes estranhos. Esqueçam de YouTube e Wikipédia em 1995. Não existiam. Não existia nem o Google. Buscar algo naquela internet era mais parecido a uma investigação digna de Sherlock Holmes.
Tampouco havia World of Warcraft, nem Spotify, nem toneladas de pornografia. Então, o que havia? É difícil de descrever com palavras.
Para quem deseja estudar o passado da internet é interessante descobrir um vídeo chamado "The internet show". É chamado pelos estudiosos de "pergaminho do Mar Morto da internet". Enrolado, complicado, mas o que há de melhor.
Esse documentário foi patrocinado pela CCC - Compaq Computer Corporation (falida poucos anos depois e vendida para a HP) . Essa empresa era líder no diminuto mercado de computadores pessoais.
Essa história nos conduzirá à Universidade de Rice (Houston, Texas). Porque a uma universidade? Naquele momento, um dos principais (para muitos, é único) objetivos da internet é acessar as bibliotecas das universidades. Vinte e dois anos depois, esse objetivo não está cumprido. A imensa maioria da população não faz a mínima ideia dos livros que existem em bibliotecas de universidades e nem de qualquer biblioteca.
Em seguida veremos a "Última Maravilha da Ciência": um modem de meados dos anos 90. Era equivalente a uma cafeteira. Mas essa é uma visão apenas do exterior da máquina. Visto de outra maneira.
Esse modem era colocado para rodar um filme qualquer e, provavelmente, nossos netos, quando aposentassem, conseguiriam assistí-lo. Era uma tartaruga na lama com os pezinhos amarrados. E vocês ainda entram em transe quando sua máquina "demora" um décimo de segundo para mudar de página.
Mais de R$40 bilhões para trazer energia do Sol para a Terra.
O sonho científico é antigo. Vem da época da Guerra Fria converter energia solar em energia aproveitável, sem resíduos, "eterna" e a baixo custo. A pergunta que os primeiros cientistas fizeram foi: "E se fosse possível reproduzir, na Terra, a energia que alimenta o Sol e outras estrelas?" A resposta só veio há pouco tempo. A Alemanha conseguiu "apreender" essa energia no ano passado. Agora, o sonho é tornar essa experiência em algo útil para o mundo todo.
Nada menos de 35 países estão colaborando na construção do maior reator já construído para usar essa energia através de fusão nuclear, localizado no sul da França. Os líderes - e maiores investidores - são a China, a Suíça e a união Europeia. A previsão é que a mega usina - só o reator terá o tamanho de 6 campos de futebol - será testada em 2025.
As máquinas tomaram poucos empregos no Brasil.
Brasil, Filipinas e Grécia foram os países menos atingidos pelo desemprego promovido pelas máquinas. O FMI acaba de apresentar um estudo preliminar sobre os efeitos da denominada Revolução 4.0 - a assunção das máquinas frente aos humanos no emprego. No polo oposto - países que mais perderam emprego para as máquinas - estão a Alemanha, a Itália e os Estados Unidos.
A outra parte do relatório do FMI é denominada "integração global". É o deslocamento de atividades para países onde a mão de obra é mais barata. O FMI diz que nesse quesito - "integração global" - a China, Índia, Indonésia e Bangladesh foram os países que obtiveram os melhores resultados.
O estudo do FMI também conclui que, no conjunto de várias dezenas de países analisados, o setor onde terá ocorrido a maior destruição da relevância do emprego, computados desde 1998, foi a indústria de transformação e os transportes. O setor de hotelaria foi o que menos sofreu com o desemprego ocasionado pelas máquinas.