Eletrobrás e Correios devem encabeçar as 47 privatizações
O plano é pra lá de ambicioso, a Secretaria de Desestatização, Desinvestimento e Mercado do Ministério da Economia pretende vender nada menos de 47 estatais no primeiro semestre de 2021. Nem o mais fanático bolsonarista acredita em tanta desestatização em tão pouco tempo. À frente dessa enorme lista estão a Eletrobrás e os Correios, que demandarão mais tempo por necessitarem de alteração legislativa mais complexa.
Só o projeto da Eletrobrás está no Congresso.
A intenção dessa secretaria de desestatização e entregar ao Congresso, em fevereiro de 2021, se não a totalidade, pelo menos a maioria dessas intenções de venda. O fato é que há muito atraso no Ministério da Economia. Em dois anos, somente a privatização da Eletrobrás foi entregue ao Congresso. Todavia, não conta nem mesmo com um relator.
Ministério da Economia tem o apoio da Casa Civil?
A cada ataque do Ministério ao Congresso pelo fato da privatização da Eletrobrás estar dormindo nas gavetas do Congresso, a defesa imediata é que a Casa Civil não demonstra interesse algum na venda da Eletrobrás. O posicionamento dos militares em desfavor das privatizações é um fato histórico. Não toleram nem debater a venda de muitos "cabides de emprego civis" que atravancam a organização governamental. Se na Casa Civil, dominada pelos militares, há notória má vontade, no meio político, há uma indisposição ampla, geral e indisfarçada. Político amanhece e anoitece pensando em nomeações de apaniguados. Assim sempre caminhou o lado brasileiro da humanidade. Dificilmente mudará o passo.
