Loucos, maníacos, depressivos são a única minoria sem expressão política
Maníaco da Cruz: os loucos são a única minoria sem expressão política.
Continua a vigorar um elevado preconceito contra os doentes mentais. A doença mental não ocupa espaço algum em nossas pautas, no debate ético e nas políticas de educação. Nem sempre foi assim. O maio de 1968 tornou-se um marco para a definição de uma nova era no campo dos costumes. Depois daquele maio veio a revolução sexual; a autoridade tendeu à horizontalidade, os poderosos tornaram-se mais dóceis e a cultura machista cedeu espaços às mulheres. Uma nova forma de vida instalou-se no mundo ocidental.
Essa época formatou uma tese que foi sendo gradualmente esquecida - os loucos teriam de ser escutados, porque eles tinham algo a dizer. O loco daquele período era algum semelhante a um "beatnick", meio roqueiro, meio alternativo, meio "outsider". A loucura tinha um pé na Índia e outro em Marte. Ela falava poeticamente, na voz dos excluídos, dos malditos e dos apocalípticos - a loucura conquistou seu espaço. Em poucas décadas, a loucura tornou-se novamente "caso de polícia", "chilique" que não rasga dinheiro, "gente que deseja tão somente chamar atenção, "fraqueza moral".
Como ficam os pais de tantas anoréxicas? Os pais dos psicóticos e dos cleptomaníacos? E os dos autistas? Qual o espaço dos que vivem em pânico, depressivos, alucinados, maníacos por compras ou por sexo? A loucura foi reduzida a uma diferença intolerável no modo de pensar. Intolerável. E o Maníaco da Cruz com isso? Dionathan Celestrino, o jovem conhecido como Maníaco da Cruz, acaba de ter mais um surto. Ele tirou a vida de três pessoas em Rio Brilhante. Foi preso em uma Unidade Educacional de Internação - Unei - e de lá saiu para a cadeia dos adultos. Ninguém duvida que ele seja um paciente psiquiátrico, é um louco, um doente mental. Não é, e nunca foi, caso de polícia e sim de saúde. O Maníaco da Cruz é a face mais perversa de uma sociedade que é intolerante com a minoria dos loucos. Os loucos não têm voz.
Aparecem as primeiras preocupações com a confusão mental do Prefeito.
De acordo com os estudiosos da atividade mental, a imagem do corpo algumas vezes expressa as condições psíquicas de uma pessoa. O exemplo clássico dessa ideia é o uniformizado como se fosse Napoleão Bonaparte. O emaranhado capilar do Prefeito e seu olhar divergente preocupam, pois talvez denotem alguma insegurança emocional. O Prefeito tem problemas com a queda acentuada de cabelos e a preocupação exagerada com essa determinação genética é apenas sintoma de vaidade. Político desprovido de vaidade ainda não nasceu e são raros os políticos carecas. Não há nenhum problema relacionado à falta de cabelos. A questão é como ele "penteia" o que lhe resta de fios na cabeça - um emaranhado. Essa desordem capilar denotaria as dificuldades na tomada de decisões, de dar rumos à administração e seguimento aquilo que é iniciado?
Há outro comportamento do mandatário que perturba: raramente olha fixo e retilineamente. Essa diferença no olhar talvez denote algum problema de ordem emocional. São dúvidas, teses, hipóteses que necessitam de comprovação. Todavia, há outros comportamentos que tem a claridade do sol de verão: sua extremada verborragia, a paranoia quase diária, os ataques de fúria e cólera, a tendência ao isolamento....a cidade escolheu um homem com algum grau de desordem emocional. Chamem o Freud.
A maldição dos recursos naturais.
O Brasil caiu no que muitos economistas chamam de "maldição dos recursos naturais", uma teoria que descreve como os países abundantes em matérias-primas tem, muitas vezes, um desempenho pior que aqueles sem a fartura. A ideia é que o dinheiro das commodities - soja, carne, milho, petróleo e minério - pode supervalorizar a moeda e criar políticas míopes, deixando esses países mal posicionados quando o boom das commodities termina.
Há um estudioso, e dono de bola de cristal, que nos conta uma triste história e cria uma previsão terrorífica - Ruchir Sharma, diretor de mercados emergentes do Morgan Staqnley Investment Management diz: "Não são só os produtores de petróleo. Mais países acabam mais pobres em comparação aos Estados Unidos depois que descobrem uma commodity desejada". Usando dados remontam a 1.800, ele diz também que os países dependentes de commodities costumam crescer por dez anos, para depois passarem até 20 patinando ou em declínio. Se as previsões do Sharma estão certas ou incorretas somente o tempo dirá, todavia há um fato difícil de ser questionado - o Brasil começou a gastar sua inesperada fortuna obtida com commodities antes mesmo que seu petróleo e minério de ferro fossem extraídos - outra característica da maldição dos recursos naturais. Antecipando as vendas de matérias-primas, o governo ampliou consideravelmente os seus gastos, enquanto os bancos estatais forneciam crédito barato aos brasileiros. O país subsidiou as contas de energia, emitiu empréstimos a grandes empresas e gastou pesadamente para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O exagero foi tamanho que o BNDES ficou com sua carteira de crédito maior que a do Banco Mundial, sendo que muitos desses empréstimos tinham juros abaixo dos de mercado. Só há uma boa notícia em todo esse quadro: o país acumulou US$ 371 bilhões em reservas internacionais, que podem servir para amortecer a crise.
O brasileiro é o segundo maior consumidor de medicamentos do mundo.
Em número de doses de medicamentos, o brasileiro só fica atrás dos chineses. A venda de medicamentos no País movimentou R$ 69 bilhões nos 12 últimos meses. Isso faz do país um dos seis maiores mercados farmacêuticos do mundo em faturamento. A força econômica das vendas de remédios, no entanto, não se reflete na área de pesquisa e desenvolvimento das indústrias sediados no Brasil. Ele vem sendo negligenciado ao longo de décadas - com raras exceções nos últimos três anos. A indústria nacional se especializou apenas em copiar medicamentos, prática que encarece o produto. A saída encontrada foi a política governamental dos genéricos que influencia as indústrias a não investirem pesado na pesquisa de novos produtos. Criamos um ciclo vicioso difícil de ser rompido apesar de termos um consumo de "padrão chinês".
4.400 livros para deficientes visuais.
As pessoas com deficiência visual - cegas ou com baixa visão, agora podem usufruir do acesso ao mundo da informação, cultura e educação de modo muito mais fácil. A Dorinateca é uma biblioteca virtual que disponibiliza livros nos formatos Braille, Falado e Digital Acessível. É uma iniciativa da Fundação Dorina Nowill para Cegos. Essa instituição foi fundada por Dorina Gouveia Nowill, que ficou cega aos dezessete anos e percebeu as dificuldades dos deficientes visuais no acesso aos livros. Os 4.400 livros podem ser acessados gratuitamente pelo endereço: www.dorinateca.org.br
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