Massacre dos pintos: França inventa o ovo que não mata
É chocante. A morte de pintos machos tornou-se uma prática comum na avicultura. Os pintos são separamos pelo sexo. As fêmeas são colocadas na esteira da direita e vão parar em caixas enviadas para granjas. Sobreviverão para colocar ovos. Os machos são colocados na esteira da esquerda, cujo destino final é a morte. Não possuem valor econômico. Criá-los para o corte não vale a pena, demoram muito tempo para alcançar o tamanho adequado para o abate. O massacre de pintos é gigantesco, chega a 2,5 bilhões por ano no mundo.
Triste fim: triturados ou sufocados.
Os pintos machos são eliminados de duas formas: triturados em um cortador com lâminas afiadas ou sufocados com gás carbônico. Em ambas, os simpáticos animaizinhos agonizam antes da morte. Na cortadeira, muitos sobrevivem gravemente feridos. Na câmara de gás, eles lutam para respirar antes de morrer. Serão usados para fazer farinha de ossos.
A invenção salvadora francesa.
Para poder evitar as mortes associadas à produção de ovos, a empresa francesa Poulehouse acordou com a alemã Seleggt para utilizar a técnica "sexage in ovo". Detectam o sexo do exemplar antes dele nascer. Assim, incubam só as fêmeas, evitando o nascimento de machos.
Essa empresa também só trabalha com produtores bio que criam galinhas poedoras ao ar livre. Firmam um acordo para não enviar as mais velhas ao matadouro. Quando estas já não são muito produtivas - depois dos 18 meses - mudam para a "Maison des poules", a casa das galinhas, um verdadeiro santuário com um espaçoso terreno. Ali vivem, botando poucos ovos, até que sobrevenha a morte por causas naturais. Poulehouse é a empresa desse setor que mais cresce na França. Seus lucros batem qualquer de suas concorrentes. As vendas tendem a tomar conta de todo o mercado de ovos francês.
