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Em Pauta

Natal cancelado, rebelião instalada. Não mexam no Natal

Mário Sérgio Lorenzetto | 23/12/2020 06:22
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Ao contrário do que muitos pensam, o Natal não é apenas a festa da cristandade. É a festa da humanidade, mesmo em países onde o cristianismo é diminuto, a festa natalina se faz presente. Vá a um país islâmico no período natalino ou vá à China confucionista, budista e taoista, o Natal está presente. Ao longo da história mexeram no Natal. Mas isso acabou no século XVII. Quando proibiram o Natal na Inglaterra, a resposta popular envolveu pancadaria, explosões e até guilhotina.


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O Natal da covid-19.

Para muitos, o Natal de 2020 será muito diferente. As grandes reuniões familiares, regada s a muita comida e bebida devem se converter em pequenos encontros, bem limitados. Pelo menos, é isso que as autoridades sanitárias têm recomendado aos cidadãos. Como não está proibida, a festa natalina não se converterá na sublevação inglesa de XVII.


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O Natal mais animado do mundo.

Até então, o Natal dos ingleses era o mais animado do mundo. A festa se estendia por 12 dias, de 25 de dezembro a 05 de janeiro. O comércio estava a todo vapor, as ruas decoradas e as festas nunca acabavam. Parava uma, começava outra. A farra continuava.


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Um momento de oração e não de festa.

A Inglaterra vivia o embate político-religioso de católicos contra protestantes. Os últimos, queriam um Natal só de orações e reflexões, achavam que a festança era excessiva, sem toda aquela bebedeira. Dentro dos moldes protestantes, o Natal de 1.644 seria usado para jejuar e pensar nos pecados. A rebelião se instalou.


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Socorro, os guardas estão presos!

No começo da rebelião, prenderam todos os guardas. Jovens armados com pedaços de madeira, com pregos nas pontas, patrulharam as ruas. Tiveram de acionar o exército para conter a farra instalada. Os juízes resolveram penalizar os festeiros. A decisão só serviu para que os cidadãos se rebelassem ainda mais. Prenderam o prefeito. Morreram 40 pessoas devido à explosão de um depósito de munições. No fim dessa história, o rei foi parar na guilhotina. A lição passou para a história: não mexam no Natal.

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