Natal cancelado, rebelião instalada. Não mexam no Natal
Ao contrário do que muitos pensam, o Natal não é apenas a festa da cristandade. É a festa da humanidade, mesmo em países onde o cristianismo é diminuto, a festa natalina se faz presente. Vá a um país islâmico no período natalino ou vá à China confucionista, budista e taoista, o Natal está presente. Ao longo da história mexeram no Natal. Mas isso acabou no século XVII. Quando proibiram o Natal na Inglaterra, a resposta popular envolveu pancadaria, explosões e até guilhotina.
O Natal da covid-19.
Para muitos, o Natal de 2020 será muito diferente. As grandes reuniões familiares, regada s a muita comida e bebida devem se converter em pequenos encontros, bem limitados. Pelo menos, é isso que as autoridades sanitárias têm recomendado aos cidadãos. Como não está proibida, a festa natalina não se converterá na sublevação inglesa de XVII.
O Natal mais animado do mundo.
Até então, o Natal dos ingleses era o mais animado do mundo. A festa se estendia por 12 dias, de 25 de dezembro a 05 de janeiro. O comércio estava a todo vapor, as ruas decoradas e as festas nunca acabavam. Parava uma, começava outra. A farra continuava.
Um momento de oração e não de festa.
A Inglaterra vivia o embate político-religioso de católicos contra protestantes. Os últimos, queriam um Natal só de orações e reflexões, achavam que a festança era excessiva, sem toda aquela bebedeira. Dentro dos moldes protestantes, o Natal de 1.644 seria usado para jejuar e pensar nos pecados. A rebelião se instalou.
Socorro, os guardas estão presos!
No começo da rebelião, prenderam todos os guardas. Jovens armados com pedaços de madeira, com pregos nas pontas, patrulharam as ruas. Tiveram de acionar o exército para conter a farra instalada. Os juízes resolveram penalizar os festeiros. A decisão só serviu para que os cidadãos se rebelassem ainda mais. Prenderam o prefeito. Morreram 40 pessoas devido à explosão de um depósito de munições. No fim dessa história, o rei foi parar na guilhotina. A lição passou para a história: não mexam no Natal.