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Em Pauta

O próximo Congresso será pior. Terceiro turno esquecido

Mário Sérgio Lorenzetto | 09/09/2022 08:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Ulysses Guimarães dizia que o próximo Congresso será sempre pior que o atual. De fato, pelo menos a Câmara dos Deputados, no decorrer das últimas legislaturas,vem perdendo lideranças de qualidade e expressivas. Isso impactar a qualidade dos trabalhos e das decisões que saem dali. Também não há dúvida de que o centrão deve crescer. Os candidatos desse campo tem muito mais recursos do que os outros. O que isso significará depende dos dois primeiros turnos das eleições. Mas não pode ser esquecido o terceiro turno: as eleições dos presidentes da Câmara e do Senado.


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Baixa renovação no Congresso.

Nada menos de 88% dos deputados federais tentam a reeleição. Esse grupo hoje domina a máquina administrativa, é privilegiado com recursos do orçamento secreto e detém uma enorme fatia o fundo eleitoral. Para 2023, a LDO reservou mais de R$ 19 bilhões para esse orçamento clandestino. É muito dinheiro. Os que lá estão, não querem perder esses repasses para prefeitos amigos.


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Terceiro turno depende do segundo.

Terminada a eleição presidencial, o terceiro turno será a disputa pelo comando do Congresso. Mesmo em um eventual governo petista , é provável que o senador Rodrigo Pacheco permaneça à frente do Senado. Há pouco, fontes importantes, garantiam que o senador do MS desejava forjar aliança com o PT visando a presidência dessa Casa de Leis. Na Câmara, o nome forte é do atual presidente Arthur Lira. Lula, se eleito, só teria chances de derrotar Lira se o seu campo escolhesse um candidato de centro. Lula não é a incompetente Dilma, negociará com Lira se perceber a derrota iminente. O campo das esquerdas no Congresso nunca passou de 30%. Em caso de vitória de Bolsonaro, tudo tende a permanecer como está: Pacheco presidindo o senado e Lira a Câmara. Não há motivo para frisson, muito menos para embates.


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Orçamento secreto pode desaparecer?

Isso é uma bobagem. Qualquer iniciativa nesse sentido, que seria salutar, tem de obrigatoriamente ser negociada com o Congresso. A pergunta é simples: o que dariam em troca do orçamento secreto? A verdade é que o Congresso vem recuperando protagonismo. E essa recuperação é anterior a Bolsonaro. O marco está no momento em que as emendas dos parlamentares se tornaram obrigatórias, impositivas. Isso ocorreu durante o fragilíssimo governo Dilma.

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