Paraná terá o maior aquário de água doce do mundo
Campo Grande está prestes a perder a primazia de ter o maior aquário de água doce do mundo. A cidade de Foz de Iguaçú, no Paraná, teve seu projeto de construção desse atrativo turístico e de pesquisas aprovado pelo Ministério do Turismo no final de outubro. O valor da construção orçado é de R$220 milhões.
O responsável pelo local será o Seaquarium, especialista em projetos desse tipo de atrativo. O prefeito da cidade recebeu o selo do programa Prodetur+Turismo, que garante prioridade para o financiamento da construção desse complexo turístico.
O "Aquário das Cataratas", como será denominado, terá um atrativo a mais: construirão a primeira piscina com ondas do Brasil, propícia para a prática de surfe. O Aquário do Pantanal, de Campo Grande, já é um imenso criatório de elefantes. Só os de pelagem branca são aceitos. Adiós, Aquário do Pantanal?
Cavalo do mar, o macho grávido.
No mercado noturno de Hong Kong, entre roupas e relógios de marcas famosas falsificadas, os cavalinhos do mar são exibidos dissecados em em forma de pó. Parte dos chineses atribuem propriedades curativas a esse animam marinho que, uma vez convertido em pó, é utilizado para despertar a pulsão sexual, um tipo de Viagra, que obviamente não funciona.
Contudo, não é de agora que mitos medicinais estão ligados a eles. O maior naturalista do Império Romano, Plínio o Velho, em sua obra "História Natural", já assegurava que um unguento de cavalo marinho devolvia os cabelos para os carecas. Também é claro que os romanos tratados com esse "medicamento" continuaram carecas.
Chama a atenção seu focinho, demasiado desenvolvido em relação com o resto de seu corpo, mas é essa característica que o torna apto para ingerir alimentos inteiros já que, ao carecer de dentes, mais que comer suas presas (plânctons), os cavalinhos do mar as aspiram. Tragam as presas sem mastigar. Outro detalhe é o rabo pênsil desses animaizinhos.
Esse apêndice é que lhes assegura a fixação em plantas marinhas.Há, ainda, as coroas que levam na cabeça. Elas são únicas para cada cavalo marinho, algo como suas digitais. Por esse detalhe, não há dois cavalos marinhos iguais.
O mais assombroso, todavia, não está em seu aspecto físico ou na mitologia que o cerca, e sim em sua maneira de reproduzir-se. Acreditem, é o macho e não a fêmea que engravida. A reprodução é belíssima. Precedida por uma dança ritual onde o macho provoca a fêmea com movimentos com movimentos acompanhados de barulhos produzidos com o crânio. É quando, igual aos camaleões, os cavalos marinhos mudam de cor para poder ocultarem-se, buscando a intimidade para a relação sexual. Com a nova cor, os corpos se enroscam e é quando se origina a fecundação iniciada pela fêmea que deposita centenas de ovos nas costas do macho e este libera o esperma para fertilizá-los. O mar é um milagre contínuo e esplêndido.
Nasce um Éden no arrasado Vale do Rio Doce.
A recepção é um dos currais onde antigamente criavam animais. Mantem a mesma estrutura de madeira da fazenda em que o fotógrafo Sebastião Salgado havia passado toda sua infância. No jardim prevalece o verde; todavia, independentemente da época do ano em que é visitada, sempre se encontrará alguma planta em flor que o enche de cor, em contraste com as fotografias em preto e branco de um dos maiores artistas brasileiros. Esse ambicioso projeto do artista conseguiu devolver o verde da Mata Atlântica à fazenda. E a esperança 'a região de Aimorés, no
Vale do Rio Doce, naquele lugar onde a ganância de uma empresa destruiu a vida e os sonhos de milhares de mineiros.
Depois de passar anos fotografando os momentos mais duros da história da humanidade e cansado dos horrores que havia presenciado, o fotografo quis retornar ao que estava escrito há séculos. Decidiu criar seu próprio Éden. Para isso, comprou de seus pais a Fazenda Bulcão, que estava completamente degradada.
Atualmente, cerca de 7.500 hectares estão em processo de restauração no Vale do Rio Doce. Aquele vale que todos já esqueceram. O esforço de toda a equipe, uma engrenagem bem organizada, de 130 trabalhadores, está materializado na implantação de 2,5 milhões de estacas com 293 espécies vegetais próprias dessa zona. Estas, por sua vez, atraíram mais de 235 espécies de animais - anfíbios, répteis, aves e mamíferos - que regressaram a seu antigo habitat. Um dos últimos achados foi uma jaguatirica, o que confirma a ressurreição do lugar, o trabalho deu frutos.