Perigo de contágio ao tocar superfícies é de 1 em 10.000
O uso de álcool ou de outro desinfetante é desnecessário na maioria das situações cotidianas para combater o coronavírus, ainda que vendam como pãezinhos quentes. O Centro para Controle e Prevenção de Enfermidades dos Estados Unidos (CDC) acaba de reestudar todas as evidências científicas sobre contágio de covid por superfícies e conclui que basta limpar com água e sabão. Sobretudo, porque o risco de contágio por essa via é muito, muito raro. O CDC se atreve a colocar uma cifra: menos de 1 contágio por cada 10.000 vezes que você tocar um ponto com coronavírus.
A Europa concorda com as pesquisas norte-americanas.
O Centro Europeu para Controle e Prevenção de Enfermidades (ECDC) também assinala que o toque em superfícies contaminadas é a menos provável para difusão do vírus. Destaca que não registrou, depois de milhões de enfermos em todo o mundo, nenhum caso de infecção por "fómites" (contágio por toque em superfície contaminada).
Desaconselham nebulização ou fumigação.
Esses dois organismos sanitários - dos EUA e da União Europeia - desaconselham a nebulização ou fumigação de ambientes. E vão além, dizem que além de inúteis, não são seguros. E só recomendam o uso de álcool ou desinfetantes "em situações nas que houve um caso suspeito ou confirmado de covid-19 em interiores dentro de 24 horas". Jogamos dinheiro fora com álcool em gel durante um ano. A covid-19 é transmitida via aérea, de uma pessoa a outra, durante as conversas, gritaria ou cantoria.