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Manoel Afonso

Conveniências: elas decidem as candidaturas

Manoel Afonso | 26/05/2023 11:00

VALE TUDO? Pelo jeito sim. Daí o porquê o exercício da política é criticado e incompreendido. As notícias  sobre o acerto entre os ex-governadores André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) antes de lados opostos causou comentários e questionamentos junto aos eleitores. Cada um dos dois com seus argumentos.

CONVENIÊNCIA:  Essa palavra que vem do Latim ‘DICERE’ (dizer, falar) - de ‘CONVENIRE’ (concordar, adequar, unir), de ‘COM’ – junto, mais ‘VENIRE’ - , ‘vir’  explica essa atitude de ambos personagens locais. À título de ilustração vale citar a mesma postura – de união - entre Lula e Alckmin também na busca do poder é claro.

REELEIÇÃO: Na outra ponta a  prefeita Adriane Lopes (PP) reage politicamente ao ganhar o apoio da senadora Tereza Cristina (PP) e trazer o vereador João Rocha (PSDB)  para a Secretaria de Governo. Ainda, tem implementado ações em diversas áreas da administração. Com a eleição distante, tem condições de ganhar folego e musculatura eleitoral. Está no jogo.

MORDEU A LÍNGUA:  “Os brasileiros não são tolos e estão vacinados contra o modelo lulapetista de confundir para dividir, de iludir para reinar. Mas vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder, ou seja, quer voltar à cena do crime. Será que os petistas merecem uma nova oportunidade? ” (fala de Geraldo Alckmin antes da união com Lula)

A PROPÓSITO:  Do ex-deputado Ulysses Guimarães: “Se não puder derrotar o adversário fique sócio dele. Ora! Trocar de partido é como trocar de mulher: a gente acaba apenas trocando os defeitos. Não se faz política com o fígado. O bom político costuma ser mau parente pois não nomeia a parentalha”.

NO PAREDÃO:  O ex-presidente Collor de Mello acabará na prisão aos 73 anos de idade? Mais dúvida do que certeza. Após ficar em 3º lugar nas eleições ao Governo de Alagoas em 2022 sonhava com uma embaixada na Europa se Bolsonaro vencesse. Pego na ‘Lava Jato’ acabou no STF acusado de propinas (R$29 milhões) junto a Petrobras.

MEMÓRIA:  Em 2007 após reconquistar seus direitos políticos foi eleito senador por Alagoas (“pode isso Arnaldo? ”). Seu discurso de 99 paginas durou três horas e meia e lembrou Fidel Castro no poder. Ao final da cansativa fala lascou: !Eu não vim para lastimar o passado. Vim para sepultar de vez esta dolorosa lembrança”.

APOSENTADORIAS: “ ...Onde estão essas autoridades que clamam por justiça para o nosso craque (Vinicius Jr) ofendido? Precisam tomar consciência que aqui no Brasil, existem mais de 12 milhões de brasileiros que pagaram, que contribuíram para os cofres públicos, e hoje vítimas de uma legislação mal elaborada e injusta, que os senhores congressistas preferem fazer vistas grossas...”. (Benedito Rodrigues da Costa)

NO PÁREO: A pretendida vaga de Conselheiro no Tribunal de Contas, além dos deputados Paulo Corrêa (PSDB) e Lídio Lopes (Patriota) tem agora outro concorrente também com potencial. Trata-se do deputado Marcio Fernandes (MDB) que vem se articulando junto aos colegas de parlamento em busca de apoio. Como se diz: o sol nasceu para todos.

CONFIRA: Pena, hoje não tenhamos grandes oradores. Aliás, a revista Times destacou 4 dos melhores discursos pela importância histórica: Ronald Reagan (‘Sr. Gorbachev, derrube esse muro’), Martin L. King (‘Eu tenho um sonho’), Winston Churchill ( ‘Nós nunca nos renderemos) e Abraham Lincoln ( ‘O discurso de Gettysburg’).

1-RACISMO:  O tema tão atual remete-nos a um trecho daquele famoso e impactante discurso de Martin Luther King aqui repetido: “Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. ”

2-RACISMO: Repercute pessimamente a fala do senador e pastor evangélico Magno Malta ao abordar o caso envolvendo o jogador Vinícius Jr. na Espanha. Ele acabou metendo os pés pelas mãos com colocações impróprias. Taxado de preconceituoso acabou dando margem à críticas. Ele perdeu uma grande chance de ficar calado.

NOVIDADE:  Se antes os institutos de pesquisas focavam só a popularidade dos nomes de possíveis candidatos a prefeito, agora estão medindo também o desgaste deles. O pessoal da ‘Ranking’ confidencia que são levados em conta vários fatores dos protagonistas apresentados. Enfim, popularidade nem sempre representa credibilidade.

EM BAIXA: O Governo sofre 3 derrotas emblemática no Congresso. A demarcação das terras indígenas saiu do Ministério dos Povos Indígenas e foi para o Ministério da Justiça. O Ministério do Meio Ambiente não fiscalizará mais o CAR (queimadas e desmate). Aprovado a urgência do Marco Temporal que altera critérios e datas de ocupação de terras reivindicadas pelos índios. Sem diálogo o Executivo perde.

EM ALTA: Na última quarta-feira, quando de sua visita oficial à Assembleia Legislativa, o presidente do Tribunal de Contas Jerson Domingos foi efusivamente saudado pelos ex-colegas de Casa e também pelos populares presentes. Demonstração inequívoca de que desfruta de enorme prestígio também junto a classe política. Deixou saudades na Alems.

MARCO TEMPORAL: Reconhece que só as terras já ocupadas em 05/10/1988 podem ter a sua demarcação reivindicada. Aqui a eventual aprovação pelo Congresso promete repercussão fomentada por ONGS e fundações, entre elas o CIMI ligado à Igreja Católica através da CNBB. Há também uma enorme estrutura logística de apoio internacional.

CONSEQUÊNCIAS:  A previsão inicial é que 16 áreas objetos de reivindicação pelos indígenas seriam afetadas aqui no Mato Grosso do Sul. Estariam localizadas em Ponta Porã, Dourados, Caarapó, Japorã, Sete Quedas, Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Iguatemi, Paranhos, tacuru, Eldorado, Miranda, Rio Brilhante e Naviraí.

CIMI: Recebe dinheiro de entidades do Hemisfério Norte interessadas em manter intocáveis as nossas reservas florestais e minerais. No Brasil temos 240 mil índios ocupando área equivalente a França e Inglaterra. No Mato Grosso do Sul vivem mais de 80 mil indígenas de etnias diversas distribuídos em 29 municípios.

HISTÓRICO: Finda a 2ª. Guerra, a Inglaterra venceu, mas perdeu seu vasto império. Os oligarcas do Establishment anglo-americano, de olho na hegemonia econômica global, usaram o Conselho Mundial de Igrejas (Holanda) para invadir a soberania de países ‘em defesa dos recursos naturais da humanidade’. É a religião a serviço dos países poderosos.

PÉROLA RARA:  “Eu tenho aquilo roxo! ” (Fernando Collor de Melo)

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