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Olimpíadas, como não se emocionar?

Por Lia Rodrigues Alcaraz (*) | 02/08/2024 10:30

A emoção nas apresentações das Olimpíadas, desde a cerimônia de abertura até os jogos, é um fenômeno que transcende barreiras culturais, linguísticas e geográficas. A cerimônia de abertura, em particular, é um espetáculo grandioso que celebra a união global e a diversidade humana, ela não é apenas uma apresentação de coreografias bem ensaiadas e jogo de luzes deslumbrantes, mas também um momento de introspecção coletiva, onde o mundo testemunha a capacidade do espírito humano de sonhar, criar e superar adversidades.

A emoção que surge durante estas cerimônias é muitas vezes indescritível, muitos se emocionam ao ver as delegações de seus países entrando no estádio, carregando suas bandeiras com orgulho e esperança. Este momento simboliza mais do que a participação em um evento esportivo, e competições, ele representa anos de dedicação, sacrifício e resiliência. Ao ver a presença de atletas que superaram obstáculos pessoais e sociais de seus países, para competir em um palco global e único, inspira milhões, e nos faz lembrar que a humanidade é capaz de feitos extraordinários quando unida por um objetivo comum.

Durante os jogos, a emoção não diminui, cada competição é uma narrativa de esforço e superação e ver os atletas, através de suas performances e suas histórias de perseverança, coragem, como a história da Raissa Leal, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa entre as diversas como a Simone Biles faz com que as lágrimas de alegria dos vencedores e a dor visível dos que não alcançam o pódio virem expressões genuínas da profundidade das experiências humanas. O público, seja nas arquibancadas ou assistindo de casa, compartilha dessas emoções, vivendo intensamente cada momento, é uma conexão emocional que se cria um sentimento de pertencimento e comunidade, onde todos, independentemente de suas diferenças, se sentem parte de algo maior.

Para além disso, as Olimpíadas têm o poder de provocar reflexões profundas sobre questões sociais e políticas, pois  a presença de atletas de diferentes origens, gêneros e orientações sexuais desafia preconceitos e promove a inclusão. Os Jogos Olímpicos, portanto, não são apenas uma competição esportiva, mas também um palco para a promoção da paz, igualdade e respeito mútuo, principalmente sendo ele realizado na França, onde os lemas da revolução francesa, Liberté, Egalité, Fraternité (liberdade, igualdade e fraternidade) se ecoam por toda Paris e pelos jogos.

A emoção nas apresentações da Olimpíada, tanto na abertura quanto nos jogos, é um reflexo da complexidade e beleza de simplesmente, ser humano, e ela nos lembra da nossa capacidade de se conectar, de se inspirar e de buscar sentido à vida. Em um mundo frequentemente dividido por conflitos e diferenças, essas emoções compartilhadas servem como um poderoso lembrete de nossa humanidade comum e da incrível jornada que é a vida.

(*) Lia Rodrigues Alcaraz é psicóloga formada pela UCDB (2011), especialista em orientação analítica (2015) e neuropsicóloga em formação (2024). Trabalha como psicóloga clínica na Cassems e em consultório.

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