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Saúde Viva

Você conhece o melanoma de coroide?

Por Anaísa Banhara (*) | 29/05/2024 14:51

Qual foi a última vez que você foi ao oftalmologista?

Resolvi trazer esse tema ao artigo, uma vez que esse semana me deparei com um caso, no escritório, de câncer raríssimo, cuja incidência remonta 5 a cada 1 milhão de pessoas; o tal melanona de coróide.

Trata-se de um câncer na “pelezinha do olho” agressivo, raro e progressivo.

 Para vocês terem uma ideia da gravidade dessa neoplasia, o artigo intitulado “LBA50 Sobrevida de três anos com tebentafusp em melanoma uveal metastático não tratado previamente em um estudo de fase III” elucida que pacientes diagnosticados com Melanoma Uveal vivem em média apenas 1 (um) ano, se não tratados adequadamente.

Explico melhor:

O melanoma de coroide, também chamado de melanoma ocular ou melanoma uveal, é um tipo de câncer ocular que afeta a coroide, uma camada vascular localizada entre a retina e a esclera (a parte branca do olho).

Essa neoplasia se origina das células pigmentadas da coroide, chamadas melanócitos. Estas células são responsáveis por dar cor aos olhos e podem se tornar cancerígenas, formando um tumor.

O melanoma de coroide é uma lesão sub-retiniana, geralmente pigmentada e única (figura 3). Costuma ser bem delimitada e geralmente não está associada a descolamento de retina extenso ou hemorragia vítrea, com exceções (figura 4).

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À medida que o tumor cresce, pode causar sintomas como visão turva, visão de manchas escuras ou flashes de luz, diminuição da visão periférica ou uma sensação de corpo estranho no olho. Vejamos[1]:

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O melanoma de coroide é classificado como uma doença ultrarrara e atinge 5 a cada 1 milhão de indivíduos.

O tratamento geralmente requer cuidados especializados de oftalmologistas e oncologistas especializados em tumores oculares, o que pode não estar prontamente disponível, pois, são poucos os especialistas nesta área.

Devido à sua baixa incidência, dificuldade de detecção e tratamento especializado necessário, o melanoma de coroide é considerado uma doença ultrarrara, cujas opções de tratamento limitam-se à sobrevida.

Isso significa dizer que ainda não temos a cura para esse tipo de câncer extremamente agressivo.

Entretanto, recentemente, uma luz se acendeu no fim do túnel: foi aprovado no FDA (órgão regulador dos Estados Unidos), um medicamento chamado Kimmtrak (Tebentafuspe). O medicamento não promete a cura da doença, porém promete evitar seu progresso metastático a ponto de podermos falar em remissão, em alguns casos.

Obviamente, trata-se de um medicamento de altíssimo custo (como toda inovação tecnológica tem sido).

Mais do que falar sobre a medicação, hoje, o presente artigo teve como objetivo principal demonstrar a existência dessa doença tão desconhecida e reforçar a necessidade de mantermos a saúde em dia, visitar o oftalmologista anualmente.

Qual foi a última vez que você foi ao oftalmologista?

Um grande beijo a todos.

(*) Anaísa Maria Gimenes Banhara dos Santos, 34 anos, é advogada e proprietária do escritório Banhara Advocacia em Campo Grande, MS, especializado em demandas de saúde contra planos de saúde e o SUS. Com inscrição na OAB/MS e suplementares na OAB/DF e OAB/SP, é especialista em acesso à saúde e pioneira em tutelas de urgência para medicamentos de alto custo como Voxzogo e Zolgensma. Atua também na concessão de tratamentos oncológicos avançados e é ativista na causa. Membro de diversas comissões da OAB e ABA, é palestrante, colunista, professora universitária e foi assessora jurídica no Ministério Público Estadual por mais de dez anos. Graduada em Direito pela UCDB, possui MBA em Direito da Saúde e Compliance Hospitalar. Fluente em português, inglês e espanhol, domina o pacote Office e Internet. Siga nas redes sociais: @anaisabanhara.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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