Após cachorro morrer, alunos reclamam de "sumiço" de comedouros na UCDB

Cinco dias após alunos acusarem a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) de recusar atendimento a um cachorro que teria sido atropelado dentro da instituição e morreu posteriormente, estudantes afirmam que comedouros utilizados para alimentar animais foram retirados dos corredores e seguranças estão impedindo a alimentação dos cães e gatos que ficam na universidade.

A aluna da instituição, que preferiu ser identificada apenas como Fernanda, alegou que foi impedida por um segurança de dar água para um cachorro nesta terça-feira (6).

“Me disse que eles estavam orientando aos acadêmicos não darem água e nem alimentos para os animais de lá", ressaltou.

Ela pegou um pote de plástico emprestado e conseguiu dar água para o animal, mesmo com a proibição.

"Eu ignorei e permaneci tentando. O cachorro estava muito medroso, passou um tempo, ele tomou a água”, completou.

Ela relatou ainda que, após o sumiço do comedouros que haviam sido comprados pelos próprios estudantes, muitos animais pararam de circular pela unidade.

“Muitos animais que viviam por ali, não apareceram ainda essa semana. Víamos cerca de quatro animais, contando com o que atropelaram. Somente hoje, apareceu esse sozinho. Não posso afirmar o que houve, mas é estranho eles não estarem por lá, e juntos”.

Uma outra estudante, que não quis se identificar, disse que cuidava de três gatos que ficam na UCDB e os alimentava duas vezes por dia, mas nessa semana percebeu que os pontos de alimentação foram retirados.

“Eu dava carinho todos os dias, todos tinham nomes, potes individuais para ração. Essa semana percebi que tiraram os pontos de alimentação, estou muito triste”, disse.

Questionada, a UCDB alegou que estabeleceu uma Comissão Interna para revisar as questões relacionadas aos cães e gatos que eventualmente adentram o campus, após o atropelamento do cachorro na última semana.

De acordo com a instituição, a primeira medida foi a reavaliação dos locais em que estavam os comedouros. Como as vasilhas citadas pelos alunos estavam em uma área de alimentação, e próximo do terminal que possui grande fluxo de veículos, elas foram retiradas para serem reposicionadas em um local mais seguro.

"Em breve publicaremos normas relacionadas a este assunto", informou, em nota.

Cachorro atropelado - Na última sexta-feira (1º), alunos acusaram a Clínica Veterinária Escola da UCDB de abandono de um cachorro atropelado na universidade. 

O acadêmico de Direito, Matheus Salessi de Miranda, 25, disse na ocasião que por volta das 16h, um grupo de estudantes comunicou para a Clínica o atropelamento do cachorro, mas o animal não foi recolhido.

Foi então que, com ajuda de outras pessoas que passavam no local, colocou o animal dentro do carro e levou até uma clínica particular na Avenida Mato Grosso. Contudo, depois de passar por ultrassom de emergência, o animal não resistiu aos ferimentos e morreu.

Em nota, a assessoria admitiu que por volta das 16h, uma pessoa pediu informações na clínica, mas alegou que o animal não foi levado até a unidade de atendimento e que socorro jamais seria negado na situação.

Uma atendente apenas informou que não havia equipe para resgate de animais, mas que o atendimento seria realizado caso o animal fosse levado até as dependências do hospital e que o mesmo precisaria de um tutor responsável para acompanhá-lo no processo.

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*Matéria alterada às 17h45 para acréscimo de informações.