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Direto das Ruas

Uma semana após morte de bugio virar caso de polícia, bombeiros retiram animal

Devidamente ensacado, finalmente ele foi levado pela Solurb

Por Kamila Alcântara | 15/11/2024 13:09
Escala na lateral da casa, usada para retirar os restos do animal morto; saco de lixo deixado para a Solurb recolher (Foto: Direto das Ruas)
Escala na lateral da casa, usada para retirar os restos do animal morto; saco de lixo deixado para a Solurb recolher (Foto: Direto das Ruas)

Após muita briga e até um boletim de ocorrência, a pesquisadora Dolores Coutinho finalmente conseguiu retirar o bugio que morreu no forro da sua residência, no Bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. No fim da tarde de quinta-feira (14), uma equipe do Corpo de Bombeiros subiu até o telhado e colocou os restos do animal em vários sacos de lixo para, só daí, ser levado pela Solub.

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Após um bugio morrer no forro de sua casa, a pesquisadora Dolores Coutinho enfrentou dificuldades para remover o animal. O forte odor da decomposição gerou reclamações dos vizinhos e a proprietária da casa tentou negociar a retirada com diversas entidades, sem sucesso. Após registrar um boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros retirou os restos do animal após 24 horas. A Solurb e a PMA alegaram não serem responsáveis pela remoção, enquanto a Sesau afirmou que o CCZ realiza o recolhimento de animais mortos para exames em até 24 horas. A pesquisadora relatou que pretendia levar o caso ao Ministério Público.

O caso chegou pelo Direto das Ruas, na última quarta-feira (13), quando alguns vizinhos relataram que o forte odor da decomposição do animal infestou o bairro, a ponto de uma idosa precisar sair da própria residência. A última pessoa que avistou o bugio vivo fez uma foto dele, no último dia 7, ao lado da casa de Dolores.

Durante toda a segunda-feira (11), a proprietária da casa tentou negociar a retirada do animal. Em seu celular fez os registros de todas as ligações, mas ninguém se responsabilizava pela retirada e ela também temia a contaminação de um prestador de serviços que contratou.

"O mais revoltante é o jogo de empurra e o fato de, a cada hora, aumentar o risco desse animal transmitir doenças ou desencadear risco para pessoas e animais domésticos. Sempre há animais silvestres no bairro. No caso específico, sempre pequenos macacos procuram alimento nas casas", relatou.

Um boletim de ocorrência por “preservação de direito” foi registrado na Depac/Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Integrado de Polícia Especializada). Só 24 horas depois, os bombeiros apareceram no local.

“Não é Implorei para os bombeiros virem pegar na laje, me atenderam embora não seja atribuição deles. Colocaram dentro de vários sacos de lixo e deixaram aqui na calçada. Agora tenho que levar meus gatos para uma clínica, fazer exames e revacinar”. Ela termina dizendo que pretender levar o caso ao Ministério Público.

Outro lado - A reportagem questionou a Solurb e a PMA sobre o caso, que afirmaram não serem responsáveis pela retirada. "Só fazemos captura e resgate de animal silvestre vivo; quando é caso de animal atropelado em via pública e vem a óbito quem faz o recolhimento é a Solurb".

Em nota enviada ao Campo Grande News, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) disse que o CCZ realiza o recolhimento de animais mortos para coleta de exames em até 24 horas após o óbito.

"Após esse período, a Sesau orienta a população a realizar o descarte adequado dos animais junto à concessionária responsável pela gestão de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos do Município de Campo Grande. A Sesau reforça que, nesses casos, não há risco de transmissão de zoonoses para humanos".

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