Família cuida de morador de rua e procura entidade para acolhê-lo
Nos casos em que pessoa quer ser abrigada, é necessário entrar em contato com o Serviço de Abordagem da SAS
A operadora de caixa, Nycolle Modesto Batista, 32 anos e o marido acolheram em casa, há uma semana, o morador de rua Jorge de Jesus Andrade, de 56 anos. Nesse período, ele foi levado para atendimento médico e a expectativa da família era de logo encontrarem alguma entidade para o acolher.
No entanto, algo que eles esperavam resolver em dois ou três dias se prolonga há sete e a saída foi recorrer à reportagem. “Já procuramos o Cras (Centro de Referência de Assistência Social), orientação na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e nada”, comentou.
O senhor pediu abrigo ao casal, que mora no bairro Morada Verde, na semana passada. Ele parecia bem, e pedia comida e banho. Nos dias seguintes ficou mais debilitado e ao ser levado à UPA, o casal pediu orientação de como proceder para que ele pudesse ser abrigado. Foi quando receberam encaminhamento, mas ao Caps (Centro de Atenção Psicossosial), onde deveria ter acompanhamento psiquiátrico.
“Na UPA disseram pra ir no Caps, com encaminhamento, mas não aceitaram. Não estamos conseguindo local para deixá-lo”, lamentou, lembrando que “ele veio em casa e pediu um pouso e demos, mas ele já não tomava banho. Agora meu marido que dá banho nele”.
Isso porque segundo Nycolle, Jorge sente muita dor na perna e não anda mais. “Só toma banho com ajuda”, contando ainda que ele já estaria urinando e fazendo as necessidades na roupa.
Resposta – a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) informou que em casos como esse, em que o morador de rua deseja ser abrigado, é necessário entrar em contato com o Seas (Serviço Especializado de Abordagem Social) da secretaria pelos telefones (67) 99660-6530 ou (67) 99660-1469.
No caso de Jorge de Jesus, a SAS, através da assessoria de imprensa, informou que equipe do Seas entrará em contato com Nycolle ainda hoje para dar encaminhamento.
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