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Direto das Ruas

Liberação de visitas depende do avanço na vacinação entre presos, diz agência

Comitê de combate à covid está analisando os "procedimentos necessários para o retorno total das visitas"

Adriano Fernandes e Miriam Machado | 08/11/2021 19:58
Familiares em frente à Gameleira, durante protesto nesta segunda-feira. (Foto: Direto das Ruas)
Familiares em frente à Gameleira, durante protesto nesta segunda-feira. (Foto: Direto das Ruas)

A liberação de visitas aos detentos nos presídios do Estado, ainda depende do avanço da vacinação dentro das unidades prisionais, segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). A demora na retomada das visitas é uma das principais queixas de familiares de internos, que nos últimos dias tem se manifestado em frente às unidades prisionais.

À redação, familiares informaram que até procuraram o Ministério Público, pedindo a suspensão da venda de alimentos nas cantinas dos presídios, até que a entrega de alimentos pelos parentes voltasse a ser autorizada.

Contudo, a Agência esclareceu que o comitê para medidas de enfrentamento à covid-19 no sistema prisional do Estado, ainda está analisando os "procedimentos necessários para o retorno total das visitas", já retomadas em agosto com medidas restritivas de biossegurança.

"A Agepen, em parceria com as secretarias de saúde (Estado e Municípios) está trabalhando para acelerar a vacinação, bem como a conscientização para que todos se vacinem", informou a agência. Quando toda a população carcerária estiver vacinada a visitação deve ser normalizada.

A greve de fome dos detentos da Penitenciaria de Regime Fechado da Gameleira, que culminou em protesto nesta segunda-feira (08), também teria atrasado a programação da vacinação que ocorreria na unidade que seria realizado hoje.

"A médica responsável pela coordenação da vacinação avaliou que não era seguro que eles fossem vacinados, por não terem se alimentado", completou o órgão em nota.

A manifestação que iniciou pela manhã desta segunda-feira (8), reuniu cerca de 30 pessoas em frente à penitenciaria com cartazes e balões brancos em protesto contra a má qualidade da alimentação destinada aos detentos.

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