Onda de furtos acaba com sossego e deixa prejuízo de R$ 15 mil no "Retirinho"
Seis chácaras foram invadidas no loteamento que fica após o rodoanel da BR-262
A ação de bandidos tem tirado o sossego de moradores que decidiram se mudar para longe do Centro em busca de tranquilidade, na Capital. Entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda (29), seis chácaras foram invadidas no loteamento Retirinho, que fica no extremo sul de Campo Grande.
O problema é recorrente, segundo o professor Dheuds Arantes, que na invasão desta madrugada teve um prejuízo de pelo menos R$ 1,2 mil. "Mas, somando o que foi levado das outras chácaras, desde o início do ano, o prejuízo deve somar pelo menos uns R$ 15 mil reais", diz o leitor.
Dheuds explica que comprou a chácara na região, há dois anos, e desde então vem preparando o local para a sua mudança definitiva o que deve ocorrer em dois meses. O Conjunto de Chácaras Retirinho fica na Avenida Cabeceira dos Bois, a cerca de 4 quilômetros após a rodovia BR-262 no rodoanel de Campo Grande, na saída para São Paulo.
Apesar da distância, Arantes conta que vai quase todos os dias até a chácara e ao chegar no local, nesta segunda-feira (29), mais uma vez foi tomado por um misto de frustração e revolta. Isso porque, desde março, o morador já teve a sua chácara invadida três vezes.
Os assaltantes estouraram uma janela da residência do professor e fugiram levando um gerador e fios de cobre, além de ferramentas utilizadas em obras, como alicate, extensão, máquina de cortar piso e até cimento. Imóveis de outras cinco chácaras também foram invadidos pelos criminosos durante a madrugada.
"Levaram uma bomba de água, quebraram janelas, arrebentaram quatros portas, entraram pelo telhado e danificaram o forro de uma das residências", quantifica o morador. "A minha chácara foi a que menos teve perda, por volta de uns R$ 1,2 mil, mas juntando o prejuízo das outras dever dar uns R$ 6 mil, só desta vez", estima Dheuds.
O professor explica que o residencial está delimitado com cercas e hoje (29) uma nova porteira foi instalada no local. O Conjunto de Chácaras Retirinho é um dos mais novos da região e por isso tem poucos moradores, só duas propriedades já teriam residentes fixos, conta Dheuds.
Nas outras chácaras a visitação ainda é esporádica. O pouco fluxo de moradores, somada a distância de regiões com maior movimento e a falta de policiamento, acabam favorecendo a ação dos bandidos. "Parece que eles sabem da nossa rotina e quando entram em uma casa, saem invadindo todas as outras", completa. Diante de tanto prejuízo os moradores da região pedem mais rondas da Polícia Militar no loteamento.
"Hoje eu cheguei na delegacia e o delegado ainda brincou, 'você de novo'? Não tem patrulhamento rural, quando ligamos eles ainda alegam que precisam de uma situação de flagrante para irem até o local. A Polícia Civil já veio e até fez perícia, mas nunca conseguem identificar os suspeitos. Enfim, ficamos refém dessa situação", desabafa.
A reportagem encaminhou a situação à Polícia Militar, pedindo mais policiamento no Conjunto de Chácaras Retirinho, e aguarda o retorno da corporação quanto à solicitação.
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informou, via assessoria de imprensa, "que o patrulhamento na região é realizado diuturnamente, por meio das viaturas operacionais da 6ª Companhia da Polícia Militar e unidades especializadas".
Direto das Ruas - A sugestão de reportagem chegou ao Campo Grande News pelo Direto das Ruas, o canal de interação dos leitores com a redação do site. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.
Clique aqui e envie agora uma sugestão.
Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o celular na posição horizontal.
*Matéria alterada às 15h56 para acréscimo do posicionamento da PM.