Pacientes enfrentam filas e longa espera em atendimento em UPAs da Capital
Com padrasto de 60 anos doente, mulher relata que ficou 5 horas em fila de espera
Pacientes que buscaram cuidados médicos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) dos bairros Universitário e Coronel Antonino, em Campo Grande, tiveram que enfrentar filas e longas esperas nesta quinta-feira (10).
Uma delas é a paciente identificada apenas como Andreia, que aguardou atendimento durante 4 horas na UPA Coronel Antonino, localizada na Rua Dr. Meireles. "Estou ruim. Saí do serviço para vir para cá e não consigo ser atendida. Tem paciente aqui desde 9 horas da manhã. Eu estou desde as 10h e já são 14:19. Agora imagina para quem chegou antes".
Devido à demora, Andreia afirmou que procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para reclamar sobre o andamento dos atendimentos. “O posto está lotado e não chamam as pessoas para o atendimento. Liguei na Sesau e disseram que vão abrir uma reclamação”.
A situação não foi diferente na UPA Universitário, onde pacientes também expressaram seu descontentamento. Jacqueline, de 34 anos, relatou a angústia de aguardar atendimento para seu padrasto doente de 60 anos.
"Isso é uma vergonha. Falaram que tem sete médicos escalados, mas só tem uma médica atendendo. Minha mãe veio com meu padrasto e estamos esperando. Umas 50 pessoas estão na espera. Estamos desde as 13h, mas tem gente que chegou 11h e até agora não foi atendida."
Esclarecimento - A reportagem entrou em contato com a Sesau para saber se há alguma justificativa para a demora nos atendimentos e se há previsão de resolução do problema. De acordo com a pasta, neste momento, há 11 médicos atendendo na UPA Coronel Antonino e 11 na UPA Universitário, sendo seis clínicos e cinco pediatras, em ambas as unidades.
Também alegaram que nesta quinta-feira (10) há uma demanda muito grande para atendimento, mas que todos os pacientes estão sendo atendidos dentro do tempo protocolar de até 4h para casos de menor gravidade.
"Cabe ressaltar que, nas UPAs e CRSs, que são os Centros Regionais de Saúde, o atendimento ocorre por classificação de risco e não por ordem de chegada, sendo priorizados os casos de maior gravidade", afirma a Sesau em nota.
A secretaria também alega que em caso de necessidade, o município dispõe do Emac (Equipe Móvel de Apoio a Crises) que pode ser acionada para reforçar o atendimento destas unidades e desafogar a demanda.
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