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Direto das Ruas

"Preferem filmar ao invés de ajudar", diz estudante empurrada

Depois de "fechar" o veículo, motociclista teria chutado retrovisor e xingado a motorista

Adriano Fernandes | 29/10/2021 20:28


A briga de trânsito em que uma mulher foi empurrada por um homem em plena Avenida Ernesto Geisel, na Capital, começou depois que o motociclista bateu no retrovisor do carro da condutora na manhã desta quinta-feira (29), em Campo Grande.

Quem lembra os detalhes do ocorrido é a própria vítima, uma estudante de Direito da Capital, que além da agressão física, também diz ter sido xingada pelo homem. "Eu estava parada no semáforo vermelho, quando ele chegou correndo 'costurando' entre os veículos. No momento exato em que o semáforo abriu, ele me 'fechou' e quase se machucou", lembra.

Foi então que os ataques começaram, segundo a estudante. "Ao invés de me pedir desculpa, ele me xingou e chutou meu retrovisor, que só não quebrou porque ele apenas desencaixou. Foi aí que eu desci do carro", conta. Por conta da "barbeiragem" do motociclista, o filho da motorista, que estava no banco de trás, bateu a cabeça.

Vídeo gravado por um motorista que seguia logo atrás mostra o momento em que a mulher sai do Fiat Palio e vai tirar satisfações com o motociclista. Ela puxa ele pela camiseta, na tentativa de empurrá-lo da moto. Na sequência, o homem desce do veículo e empurra a condutora.

A estudante garante que estava apenas se defendendo e se queixa da falta de empatia, inclusive, de outras mulheres. Ela diz ter sido alvo de inúmeras críticas após a divulgação do vídeo fora do contexto.

"Vejo mulheres dizendo que eu mereci ser empurrada por ter partido pra cima dele, sendo que eu apenas estava me defendendo de um homem de quase 2 metros de altura. Ninguém me ajudou, ninguém... as pessoas preferem filmar e julgar ao invés de ajudar", desabafa.

Ela também não se arrepende de ter partido para cima do motociclista. "Eu sempre irei me defender porque fui criada assim, não baixo bola para homem. Ele antes chutou o meu carro, me xingou e disse coisas horríveis", completa.

A estudante está em viagem no interior, mas ressalta que anotou a placa da moto e assim que retornar para a Capital, vai procurar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. "Fiquei muito abalada com tudo isso que aconteceu", conclui.

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