Som alto e zerinho: o drama dos moradores do Coophavilla que vai noite adentro
"A comunidade pede socorro". É assim que uma leitora que mora na Rua Marambaia, no Bairro Coophavilla II, em Campo Grande, começa a contar o drama da vizinhança. Pedindo para não ser identificada por medo de sofrer ainda mais nas mãos dos autores da "zona", ela que é funcionária pública e tem 32 anos, descreve que há 20 dias, todas as noites se tornaram um inferno.
"Som alto, moto, carro, aglomeração. Fizemos diversas ligações para a Polícia Militar. Eles aparecem, o povo desliga o som, fica quietinho, mas é só a viatura sair para começar tudo de novo", resume.
O entra e sai de motos constantemente acontece em uma residência que fica na Rua Marambaia. A bagunça começa depois das 20h e não tem horário para terminar. Na madrugada desta terça-feira (6), a algazarra foi até 2h30 da manhã. "Nenhum vizinho dorme. Eles ficam cortando giro de moto, gritando: 'chama a polícia, não gostou? Chama a polícia'", relata.
Dias atrás, a população chegou a ir até a Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada) registrar uma ocorrência, mas até o momento, segundo a moradora, ninguém foi chamado para depor. "No final de semana passado teve até briga aqui na frente de casa e um esfaqueou o outro. Os vizinhos não podem nem ficar na calçada, tivemos que sair correndo, ligamos novamente para a polícia, eles vieram, mas saíram e tudo voltou em 2 minutos", conta.
O clima também é de ameaças na região. "Eu saio para trabalhar 5h30 da manhã e ficam encarando a gente. Não aguentamos mais isso. Os comerciantes locais têm toque de recolher e não pode aglomerar, mas eles podem, questiona?"
Rondas - Assim como a Polícia Militar, a Guarda Municipal também faz rondas na região, e pede para que seja acionada nestes casos. Conforme a assessoria de imprensa, a Guarda tem uma base em cada região da cidade e no Coophavilla quem atende são os guardas da do Lagoa.
O telefone para denúncias é o 153.
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