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Direto das Ruas

Trabalhadores reclamam que não receberam rescisão de demissão em massa

Outra reclamação dos funcionários é que o Fundo de Garantia não está sendo pago há pelo menos 10 meses

Por Clara Farias | 23/10/2024 09:53
Mensagens da responsável pelo recursos humanos da empresa, afirmando que os pagamentos seriam feitos no dia 18 (Foto: Clara Farias)
Mensagens da responsável pelo recursos humanos da empresa, afirmando que os pagamentos seriam feitos no dia 18 (Foto: Clara Farias)

Trabalhadores terceirizados de empresa de saneamento e obras reclamam que foram demitidos há um mês e, após cumprirem o aviso prévio, não receberam a rescisão contratual. Ao todo, são 44 motociclistas encanadores que afirmam ter sido prejudicados com a falta de respeito à legislação trabalhista. Alegam, também, que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não é depositado pela empresa há pelo menos 10 meses.

Segundo um dos motociclistas, Glarkson Martins, 43 anos, o grupo entrou com uma denúncia no MPT (Ministério Público do Trabalho), após a empresa afirmar que pagaria a rescisão dos empregados e no final avisar que não haveria dinheiro. Conforme o Decreto-Lei 5.452, de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho, é assegurado ao empregado o direito de haver uma indenização.

Glarkson explica que, ao todo, trabalhou cinco anos nessa empresa, realizando o serviço de corte e religação de água. "Meu FGTS não é depositado há pelo menos dez meses, têm pessoas que ficaram 15 meses sem receber. E os 40% do FGTS eles já falaram que não têm para pagar", contou.

Outro que ficou sem receber foi Andres Aguero Rivas, de 33 anos. "A gente trabalhou para receber, e não estamos recebendo. Só queremos o que é nosso por lei", lamentou o trabalhador. Os ex-funcionários pretendem se reunir periodicamente em frente à empresa até que consigam receber os pagamentos.

Anderson Alex Pereira Montessi, 31, contou que trabalha na empresa há um ano e oito meses, e no dia que iria buscar o "acerto", ficou sabendo que não receberia. "Cumprimos os 22 dias de aviso prévio, e éramos para receber o acerto no dia 18. Ontem algumas pessoas foram lá, e a responsável disse que não tinha dinheiro, era só para assinar", afirmou ele.

Indignado com a situação, o trabalhador Adriano Amorim, 35 anos, contou que durante a semana passada a responsável pelo recursos humanos da empresa afirmou por mensagens e por áudio que o montante seria pago. "É inadmissível a gente chegar para receber e ela dizer que não vai conseguir pagar a gente, e que poderia pagar até dezembro do ano que vem", desabafou Adriano.

Em contato com a responsável pela Realiza Serviços de Saneamento e Obra, a proprietária informou que somente o departamento jurídico da empresa poderia responder, mas não houve retorno até a publicação. O espaço segue aberto.

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