A cada 6 jovens de 15 a 29 anos, 1 é "nem-nem" em MS
São 631 mil pessoas na faixa etária entre 15 e 29 anos e 101 mil jovens que não estudam e nem trabalham
Cerca de um a cada grupo de seis pessoas, entre os 15 e 29 anos de idade, não faz nada de produtivo em Mato Grosso do Sul. São os chamados "nem-nem", que não estudam, nem trabalham. O outro lado dessa realidade, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (6), é o crescimento no índice de inclusão deles no mercado de trabalho e na educação.
Mato Grosso do Sul conseguiu o terceiro menor percentual de jovens desocupados entre os estados brasileiros. Mesmo assim, de 631 mil pessoas entre 15 e 29 anos, 101 mil não estudam nem trabalham. Isso representa 16,1% do total, deixando MS com o 3º menor percentual entre so estados, atrás somente de Santa Catarina (12,8%) e Rio Grande do Sul (15,7%).
Com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua 2022, o estudo mostra que na faixa entre 18 e 24 anos, 20,03% não fazem nem uma coisa, nem outra. Entre 25 e 29 anos , a taxa cai para 16,2% em Mato Grosso do Sul. Em ambos os casos, os números são melhores que as médias da Região Centro-Oeste (22,6% e 20,1% respectivamente).
Na análise do IBGE, a grande preocupação é que "esses jovens não estão nem ganhando experiência laboral, nem qualificação, o que pode comprometer suas possibilidades ocupacionais no futuro".
No Brasil, de 10,9 milhões nessa condição, 61,2% eram pobres em 2022 e desse, 47,8% eram mulheres pretas ou pardas.
População em geral - Em 2022, o mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul experimentou uma queda na taxa de desocupação de 47% em comparação com o ano anterior.
De acordo com o IBGE, MS teve um crescimento total de 23 mil pessoas na força de trabalho e um aumento de 85 mil pessoas ocupadas. O Estado também apresentou uma redução de 62 mil pessoas desocupadas, o que representa uma diminuição de 47% em relação a 2021. A taxa de desocupação geral de MS, em 2022, foi de 4,9%.
Os dados também destacam uma diferença notável entre homens e mulheres. Em 2022, a taxa de desocupação para homens atingiu 3,7%, enquanto para mulheres foi de 6,5%. Essa disparidade, característica ao longo da série histórica, reflete a menor participação das mulheres no mercado de trabalho e seu menor nível de ocupação.
Rendimento médio - Em termos de rendimento, Mato Grosso do Sul contrariou a tendência nacional. O rendimento médio real habitual da população ocupada no trabalho principal aumentou de R$ 2.711,00 mensais em 2021 para R$ 2.934,00 em 2022.
Esse crescimento coloca o estado como o quinto com o maior rendimento médio entre os estado, ficando atrás apenas do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
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