Abertura de empresas cresce 35% em março e mostra confiança no mercado
Nos dois primeiros messes desse ano, o número de abertura de empresas caiu 25% em Mato Grosso do Sul, em relação ao mesmo período do ano passado. Em março, no entanto, o número de abertura de empresas, que no mês anterior era 482, passou para 653, o que representa aumento de 35 %, de acordo com levantamento da Jucems (Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul).
O que explica esse cenário é a decisão dos empresários em apostar nos novos projetos, passada certa instabilidade gerada pela mudança do Governo do Estado e início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), na avaliação do presidente da Jucems, Augusto César Ferreira.
A tendência de recuperação do cenário empresarial não foi suficiente para impactar nas estatísticas do trimestre. Nesse último, foram abertas o total de 1.568, contra 1.714 do mesmo período do ano passado, o que representa diferença de 8,5%. Porém, os novos números sinalizam a retomada da coragem do sul-mato-grossense para empreender, nos patamares dos anos anteriores.
“Os números são reflexo do momento econômico, que estávamos passando. A incerteza com relação a novas medidas do novo mandato da Dilma e do governo estadual também. As pessoas preferiram esperar definições para poder empreender. E março houve essa recuperação. Acredito que sinaliza uma retomada”, comentou Augusto César, ao lembrar que não houve alterações significativas quanto a impostos para empresas nesse período.
Para aqueles que ainda estão na informalidade ou têm um projeto empreendedor, o presidente da Jucems recomenda iniciativa, porém com cautela. “É importante ter conhecimento do seu negócio, ideia do risco que seu negócio tem, tanta em âmbito federal, estadual, municipal e tomar a decisão”, aconselha.
“Não houve mudanças significativas na politica fiscal, medidas econômicas estadual e federal. A expectativa era que tivesse aumento de carga tributária, mas não teve isso. Então, as pessoas entenderam que é o momento de retomar a ideia de abrir o negócio”, avalia Augusto, ao lembrar que pessoas desempregadas acabam empreendendo por nescidade de gerar renda.