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Economia

Após 6 meses de atrasos, Petrobras promete pagar R$ 22 milhões a fornecedores

Bruno Chaves | 03/07/2014 17:10

O Consórcio UFN3, que constrói a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, atrasou o pagamento de 133 fornecedores da cidade por pelo menos seis meses. O fato, além de indignar empresários que tinha valores a receber, desestabilizou a economia local. Empresas chegaram a fechar as portas por causa do “calote”. A dívida supera R$ 50 milhões em Três Lagoas e outros municípios.

A situação só foi revertida no último dia 30 quando a prefeita da cidade, Márcia Moura, junto com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, Atílio D'agosto, reuniu-se com representantes do consórcio e da Petrobras para encontrarem uma solução para o problema. Conforme o secretário municipal de Receita e Assuntos, Walmir Marques Arantes, do encontro surgiu um cronograma com novas datas de pagamentos a ser honrada.

“Eles fizeram um levantamento da dívida, que somou aproximadamente R$ 22 milhões só com empresas de Três Lagoas. Desses R$ 22 milhões, o consórcio pagou R$ 9 milhões na terça-feira (1º) e ontem (2) pagaram mais R$ 7 milhões”, disse, baseado em dados da associação comercial municipal. Ainda conforme o secretário, o restante da dívida deve ser pago “a curto prazo”.

Uma explicação para o atraso nunca foi dada aos fornecedores, contou ao Campo Grande News um empresário que pediu para não ter o nome divulgado. Ele reforçou que os débitos começaram a ser quitados nesta semana e por isso não queria ter o nome divulgado na imprensa para não ter nenhum novo tipo de problema com o Consórcio UFN3.

“Terça-feira pagaram a minoria e ontem pagaram mais um pouco. Ontem, saldaram uma dívida considerável. Pelo comentado, 50% da dívida que o consórcio tinha já foi paga. A programação é que até a semana que vem quite todo o débito”, comentou. Também de acordo com o empresário, a única informação que os fornecedores tinham quando tentavam receber o dinheiro era de que “não tinha fluxo de caixa”.

Entre as empresas que ficaram sem receber da UFN3 estão fornecedoras de refeição, hotelaria, autoelétrica, construção civil e outras. “Todos os tipos de fornecedores, até chaveiro”, falou o empresário. “Eu estava sem receber desde fevereiro, mas a maioria não via o dinheiro desde de janeiro”, afirmou.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Petrobras, mas ainda não recebeu resposta acerca dos questionamentos que envolvem os atrasos de pagamentos de fornecedores de Três Lagoas. Conforme a comunicação local, a resposta deve vir da unidade nacional da Petrobras e deve chegar até segunda-feira.

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