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Economia

Autorização para importar gás natural da Argentina e Bolívia vai beneficiar MS

Está permitida importação de até 5 milhões de metros cúbicos de gás da Argentina e 2 milhões da Bolívia

Por Lucas Mamédio e Silvia Frias | 25/11/2024 19:17
Gasoduto que passa por Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Portal MS)
Gasoduto que passa por Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Portal MS)

Foi publicada no Diário da União desta segunda-feira (25), a autorização que concede à empresa YPFB Energia do Brasil Ltda para a importação de gás natural da Argentina e Bolívia, com o objetivo de abastecer o mercado brasileiro, especialmente os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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O Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, apresentou duas alternativas para a entrada de gás natural no estado, em resposta ao acordo firmado pelo Brasil com a Argentina para aquisição de gás. A primeira alternativa envolve o uso de um gasoduto existente que conecta a Bolívia ao Brasil, permitindo que a Argentina reverter o fluxo de gás. A segunda opção é a construção de um novo gasoduto entre Brasil e Paraguai, passando pela Rota Bioceânica, que está em fase de planejamento. Verruck também mencionou a autorização da ANP para a importação de gás argentino, destacando a capacidade ociosa do gasoduto Gasbol como uma oportunidade para o estado.

A autorização concede à YPFB a importação de até 5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia da Argentina e até 2 milhões de metros cúbicos por dia da Bolívia, com transporte realizado pelos gasodutos Bolívia-Brasil e Gasoduto Gas Ocidente do Mato Grosso Ltda. O gás será entregue no Brasil nos pontos de Corumbá e em Cuiabá (MT).

A autorização tem validade de dois anos, com início previsto para 01 de janeiro de 2025, e é restrita à importação de gás natural na forma gasosa. Essa medida visa ampliar o fornecimento de gás natural ao Brasil, ajudando a atender a crescente demanda energética, especialmente nos estados do Centro-Oeste e do Sul, e podendo contribuir para a redução dos custos energéticos na região.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, diz que a autorização facilita a negociação para a importação de gás natural argentino.  "Isso é extremamente importante porque abre caminho para a negociação com a YPFB, que poderá atuar como importadora e exportadora desse gás", destacou.

Verruck ressaltou que a capacidade ociosa do gasoduto já existente, o Gasbol, que liga Mato Grosso do Sul ao Rio Grande do Sul, também é uma oportunidade para o Estado. "O Gasbol tem uma capacidade ociosa superior a 50%. Ou seja, a estrutura já está paga, o que torna o investimento mais acessível e interessante", afirmou.

Verruck, detalhou que o governo de Mato Grosso do Sul tem trabalhado em duas alternativas para viabilizar a entrada de gás natural no Estado. "A primeira (alternativa) delas envolve a utilização de um gasoduto que já existe, ligando a Bolívia ao Brasil. A Argentina poderia reverter o fluxo de gás, enviando-o para o Brasil via esse gasoduto, o que tornaria esse processo mais rápido e com menores investimentos", explicou o secretário.

Ele destacou que esse projeto é considerado a solução de curto prazo mais viável e prática para o fornecimento de gás natural a Mato Grosso do Sul, devido à infraestrutura já existente.

A segunda alternativa discutida, conforme o secretário, envolve a construção de um novo gasoduto entre o Brasil e o Paraguai, conectando a cidade de Salta, na Argentina, ao Brasil, passando pela Rota Bioceânica. Esse projeto, que está em estágio de discussão, atenderia principalmente a região do Chaco paraguaio, com a possibilidade de estender a canalização de gás natural até o Brasil.

"Seria uma alternativa de longo prazo, que envolveria a implantação de um gasoduto ao longo da rodovia que está sendo construída e que já tem domínio em algumas áreas", afirmou Verruck. Ele ressaltou, no entanto, que o projeto ainda está em fase de planejamento, sem um traçado definido ou decisões sobre os investimentos necessários.

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